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    Ex-candidata colombiana de esquerda, Clara López, declara apoio a Santos

    DA EFE

    04/06/2014 19h02

    A ex-candidata da coalizão de esquerda à presidência da Colômbia, Clara López, quarta colocada no primeiro turno das eleições em 25 de maio, anunciou nesta quarta-feira (4) seu voto no segundo turno no presidente e aspirante à reeleição, Juan Manuel Santos.

    "De maneira consciente e autônoma quero anunciar que vou votar pela paz, em Juan Manuel Santos", disse López, que nas últimas eleições liderou a coalizão do Polo Democrático Alternativo (PDA) e da Unión Patriótica (UP) que obteve quase dois milhões de votos, equivalentes a 15,23% do total.

    Em entrevista coletiva acompanhada de diversos membros do partido, López explicou seu apoio a Santos como um respaldo para "garantir a paz" e "consolidar uma democracia profunda", mas descartou fazer parte de um eventual governo já que o PDA estará durante os próximos quatro anos "na oposição".

    Com este apoio, López faz valer a liberdade de voto que o PDA ofereceu a seus militantes e simpatizantes ao decidir que, como partido, não apoiaria nenhum dos candidatos, uma posição avalizada e liderada pelo senador Jorge Robledo, que advoga pela abstenção ou o voto em branco no segundo turno.

    Após saber do anúncio de López, Santos se mostrou "muito contente, muito entusiasmado e muito agradecido" com o apoio e disse que já identificou pontos nos quais trabalhar com a líder esquerdista para que a economia colombiana tenha um "conteúdo social muito marcado".

    Segundo o atual presidente, o apoio de López é "um ato de maturidade política e responsabilidade".

    No segundo turno, Santos terá como rival Óscar Iván Zuluaga, do Centro Democrático, que ganhou o primeiro turno com 29,25% dos votos, enquanto o presidente-candidato obteve 25,69%.

    Zuluaga, apoiado pelo ex-presidente e senador Alvaro Uribe, ameaçou acabar com as negociações de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), caso eleito.

    As negociações, iniciadas por Santos em novembro de 2012, estão na metade do caminho, já que as partes entraram em consenso sobre três dos seis pontos da agenda destinada a acabar com um conflito armado de meio século.

    O processo foi suspenso após o primeiro turno eleitoral, mas foram retomadas nesta terça (3), em Havana, Cuba.

    Zuluaga impôs duas condições para prosseguir o processo de paz iniciado por Santos: um cessar-fogo permanente da guerrilha e a prisão de seus líderes.

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