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    Hitler dormia na hora da invasão; veja 9 histórias sobre o Dia D

    DE SÃO PAULO

    06/06/2014 17h11

    Maior operação militar da história, o Dia D começou nas primeiras horas de 6 de junho de 1944, com bombardeios dos aliados sobre as posições alemãs, lançamento de paraquedistas e, enfim, o desembarque da infantaria nas praias francesas.

    Bem-sucedido, o Dia D estabeleceu um novo front na guerra, aliviou a União Soviética no leste e selou, menos de um ano depois, a derrota da Alemanha nazista.

    *

    1) Blefe
    Enquanto planejavam atacar o litoral francês, os aliados desviaram a atenção dos alemães para outro criando uma divisão repleta de blindados e tanques... infláveis. O mais impressionante no plano não é sua engenhosidade, mas sim o fato de que ele funcionou! As tropas de Hitler não conseguiram perceber a diferença e mandaram homens pra área

    Reprodução/BBC
    Soldados desmontam um dos blindados infláveis armados nas regiões de Kent e Sussex, no Reino Unido
    Soldados desmontam um dos blindados infláveis armados nas regiões de Kent e Sussex, no Reino Unido

    2) Carregadores de piano
    Graças a produções como "O Resgate do Soldado Ryan", o imaginário registra o Dia D como uma ação sobretudo dos EUA. No entanto, a invasão foi predominantemente britânica. O plano da operação foi de um general londrino e, dos 1.213 navios de guerra envolvidos, 892 eram britânicos, assim como 3.261 dos 4.126 veículos de desembarque

    3) Café au lait
    Diferentemente do que costumam contar os franceses, o papel da resistência francesa na libertação do país foi limitado. Sem treinamento ou armas para fazer frente aos alemães, eles tinham pouco poder de fogo para a batalha, embora tenham sido úteis na sabotagem das ferrovias

    Alexei Nikolsky/AFP
    O presidente francês, François Hollande, ao lado do russo Vladimir Putin, em Paris
    O presidente francês, François Hollande, ao lado do russo Vladimir Putin, em Paris

    4) Um oceano nos separa
    Apesar do que pressupõe a palavra "aliados", americanos e britânicos se desentendiam toda hora durante a batalha do Dia D. Tinham estratégias e modos de atuar diferentes, e se acusavam mutuamente de não estarem se apoiando com todo o esforço possível

    5) X-9 à francesa
    Desafeto do presidente americano, Franklin Roosevelt, o general Charles de Gaulle, líder da resistência francesa no exílio, sequer foi informado do planejamento do Dia D. Os anglo-americanos achavam que os franceses acabariam dando com a língua nos dentes

    6) O sono do Führer
    Os assessores do ditador alemão Adolf Hitler não quiseram acordá-lo para alertar sobre a invasão aliada. Quando ele despertou, às 10h, as tropas já haviam tomado as praias

    7) E assim o general perdeu a guerra
    Sorte também é uma arma. No Dia D, o marechal encarregado de preparar a defesa das tropas alemãs estava de folga. Não bastasse, ele tinha viajado para a Alemanha. Outro ausente foi o chefe da única divisão de blindados alemães de toda a zona do desembarque. No Dia D, ele estava em Paris visitando a amante. E com o rádio desligado

    8) Alto lá, Winston
    Comandante da máquina de guerra britânica, o primeiro-ministro Winston Churchill queria pisar na Normandia com o rei George 6º já no Dia D, junto com as tropas. Menos impetuoso, o monarca enviou uma carta em que demove o premiê da ideia e, basicamente, informa que não quer que os dois morram.

    Diz a carta: "Eu não preciso enfatizar o que significaria para mim pessoalmente, e para toda a causa aliada, se nesse momento, uma eventual bomba, torpedo ou mesmo uma mina o tirasse de cena; igualmente, uma mudança de soberano nesse momento seria uma séria questão para o país e para o império. Ambos, eu sei, adoraríamos estar lá, mas, com toda a seriedade, eu lhe pediria para reconsiderar seu plano"

    Reprodução/The Royal Archives
    Carta do rei George 6º a Winston Churchill sobre o Dia D
    Carta do rei George 6º a Winston Churchill sobre o Dia D

    9) Mágoa vermelha
    Na Rússia, há um certo ressentimento em relação à popularidade do Dia D, que recebe muito mais atenção do que o mais sangrento front no leste, travado entre União Soviética e Alemanha. A URSS foi o país que mais sofreu baixas no conflito, que lá é conhecido como Grande Guerra Patriótica, e não Segunda Guerra Mundial

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