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    Brasil teve papel "muito construtivo" no diálogo com ELN, diz Santos

    FLÁVIA FOREQUE
    DE BRASÍLIA

    19/06/2014 10h55

    O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quinta-feira (19) que o Brasil teve um papel "muito produtivo" e "construtivo" no diálogo entre seu governo e o ELN (Exército de Libertação Nacional). Segundo ele, o país "ajudou muito desde o princípio".

    Santos foi reeleito em segundo turno no último domingo, após ter ficado atrás de Oscar Iván Zuluaga na primeira votação. Candidato de seu ex-aliado e atual desafeto, Álvaro Uribe, Zuluaga defendia a interrupção das negociações com as Farc. Santos usou a abertura das conversas com a ELN como trunfo na disputa.

    "Não tenho palavras para agradecer o Brasil por seu papel e sua ajuda nesse processo, que caminha na direção correta", disse Santos, após encontro na manhã de hoje com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada.

    Na semana passada, o governo da Colômbia anunciou que está em processo de conversa, desde janeiro, com o ELN, segunda maior guerrilha do país. Em comunicado conjunto, o Brasil foi um dos países citados por sua "boa vontade e compromisso" nesse tema.

    "Nós temos acordos de confidencialidade com o ELN para não divulgar detalhes, e por isso, me perdoem por não dar detalhes. Mas o que posso dizer é que o Brasil [teve um papel] muito construtivo", disse Santos.

    BLOCO DO PACÍFICO

    Santos se reuniu por cerca de 1h30 com a presidente Dilma. Entre os temas tratados, afirmou, estão os blocos da região, como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas), Mercosul e Aliança do Pacífico - este último formado por México, Chile, Colômbia e Peru.

    Santos afirmou que a intenção da Aliança é estreitar os laços com o Mercosul e países da região. "Se trata de complementarmos, não de competir....de juntarmos para todos sermos mais fortes", resumiu.

    "O Pacífico não é uma aliança contra ninguém nem compete com ninguém. Na medida em que possamos gerar sinergias com Brasil, o Mercosul, será bem vindo, porque se trata de buscar integração da América Latina", afirmou.

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