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    Príncipe Harry planta muda de manacá e admite: 'não sei nem pronunciar isso'

    SYLVIA COLOMBO
    DE SÃO PAULO

    25/06/2014 14h06

    Apu Gomes/Folhapress
    O príncipe Harry, neto de Elizabeth 2ª, da Inglaterra, planta muda de manacá, em Cubatão (SP)
    O príncipe Harry, neto de Elizabeth 2ª, da Inglaterra, planta muda de manacá, em Cubatão (SP)

    No primeiro dia de sua visita a São Paulo, o príncipe Harry, 29, quarto na linha sucessória do trono britânico, plantou uma árvore em Cubatão e entregou um gol para o adversário, durante partida com crianças do bairro Jardim Eldorado, em Diadema.

    O dia começou na Cota 200, comunidade localizada no km 50 da rodovia Anchieta, onde o governo de São Paulo mantém um programa de reurbanização que prevê deslocamento de populações em áreas de risco ou de preservação ambiental, na Serra do Mar. Acompanhado pelo secretário estadual de habitação, Marcos Penido, Harry percorreu as ruas do bairro, seguido por moradores que disputavam uma foto tirada por celular. A maioria era composta por meninas adolescentes. O príncipe foi guiado por uma moradora, Ester Miceno, 53, que disse que acompanha Harry desde que ele nasceu e que gostaria de receber dele um beijo.

    "Ele foi muito simpático. Estou muito feliz", disse Gabriela dos Santos, 8, com quem Harry plantou um pé de manacá, após cavar o próprio buraco (o príncipe não quis usar o local que já havia sido cavado para que ele usasse). "Eu não sei nem como se pronuncia o nome dessa planta", disse ele, rindo, aos jornalistas. As árvores estão sendo cultivadas na região para impedir que novas urbanizações sejam construídas por ali.

    De Cubatão, a comitiva do príncipe, composta de seguranças, fotógrafos e assessores, se deslocou até Diadema. Ali, Harry visitou o ACER (Apoio à Criança em Risco), uma ONG que recebe dinheiro britânico. Com a temperatura a 27 graus por volta das 13h, Harry suava a camisa e tinha o rosto avermelhado.

    O príncipe se disse emocionado ao ouvir histórias de crianças que ficaram órfãs, e disse lembrar-se de sua mãe, a princesa Diana, que morreu quando ele tinha 12 anos. Harry ficou especialmente comovido com a história de Cristina Nascimento, 41, que contou estar criando as netas, Karina, 8, e Carolina, 9, porque o pai das meninas está na cadeia e a mãe havia sido morta aos 24.

    "Harry, Harry, Diana, Diana", gritavam as cerca de 100 pessoas que esperaram o príncipe do lado de fora do prédio. "Diana é a mulher dele?", perguntou uma jovem mulher que carregava um bebê de colo. "Não, tonta, era a mãe, aquela que morreu no acidente", retrucou a amiga.

    Enquanto isso, Tânia Ribeiro, 47, moradora do Jardim Eldorado, tentava entregar um cartão para o príncipe. Afastada por seguranças, insistiu até que conseguiu que um membro da comitiva o recebesse. "É uma mensagem para ele aceitar Jesus. Desenhei uns cavalos, porque sei que lá na Inglaterra eles gostam".

    Dali, Harry caminhou até o centro esportivo local, onde vestiu uma camiseta amarela e jogou com crianças. Com vergonha do convidado, os meninos não lhe passavam a bola, e Harry teve que tentar roubar algumas para poder jogar. Num lance em que estava na defesa, cometeu um erro e deu um passe para um garoto do time adversário, que fez o gol. Os moradores riram e aplaudiram o príncipe.

    Hoje, Harry fará uma visita à Cracolândia, antes de viajar para o Chile.

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