Israel iniciou nesta segunda (7) uma operação militar na Faixa de Gaza, chamada de "Margem Protetora". Por enquanto, a ofensiva será composta apenas de ataques aéreos, mas não está descartada uma invasão por terra.

Mais de 1.500 reservistas israelenses foram mobilizados para a fronteira. "Estamos nos preparando para uma escalada [nas hostilidades]", declarou o porta-voz do Exército de Israel, Peter Lerner.

O início da operação se dá após um dia de tensão, com mais de 80 foguetes atirados de Gaza em diversas cidades israelenses, sem nenhum ferido. Um dos mísseis chegou a alcançar Beersheva, a 40 km de Gaza –a maioria dos ataques não ultrapassa 1 km.

O governo israelense, por sua vez, matou 9 pessoas em ataques aéreos, entre eles sete militantes do Hamas.

Seis dos sete militantes mortos estavam em um túnel em Gaza. Israel negou responsabilidade por essas mortes, contudo.

O Hamas prometeu vingança. "O inimigo sionista pagará um preço pesado", afirmou um dos porta-vozes do grupo palestino, Sami Abu Zohri.

RADICALISMO

A troca de ameaças é parte dos desdobramentos do assassinato de três adolescentes israelenses, cujos corpos foram encontrado na semana passada. Em retaliação, um grupo de judeus extremistas sequestrou e queimou vivo o palestino Mohammed Abu Khdeir, 16, na terça-feira (1º).

Seis pessoas foram presas pelo assassinato no fim de semana, entre elas duas menores de idade. Três deles confessaram o crime.

Nesta segunda (7), o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ligou para o pai da vítima, Hussein Abu Khdeir, para expressar os pêsames.

Os assassinos serão julgados e processados.