A rede terrorista paquistanesa Haqqani publicou nesta quinta-feira (10) em uma conta no Twitter uma foto em que o sargento americano Bowe Bergdahl aparece sorridente com um dos comandantes do grupo.

Em entrevista coletiva, o porta-voz adjunto do Pentágono, Steve Warren, qualificou a imagem de "100% de propaganda de um grupo terrorista, de assassinos e pistoleiros", embora não tenha questionado a autenticidade da fotografia.

Bergdahl foi libertado no final de maio em um acordo do governo dos Estados Unidos com os talebans após quase cinco anos da captura no Afeganistão, tempo em que ficou escondido em zonas rurais do oeste paquistanês, onde opera a rede Haqqani.

	Reprodução/Twitter/khorasan313
	Reprodução do Twitter onde o militar Bergdahl aparece ao lado do líder terrorista Badruddin Haqqani

O acordo para sua libertação em troca da transferência ao Catar de cinco líderes talebans que estavam presos desde 2002 na base naval americana de Guantánamo foi muito criticada pelo Congresso –que não foi notificado previamente.

O sargento, de 28 anos, está há quase um mês sendo tratado em um hospital militar em San Antonio, no Texas, para que se ajuste a sua nova vida e eventualmente se reintegre ao serviço militar.

Na fotografia de Twitter, Bergdahl aparece extremamente magro e sorridente junto de Badruddin Haqqani, filho do líder do grupo terrorista, morto em um ataque americano com drones em agosto de 2012 no nordeste do Paquistão.

Não é possível saber quando a foto foi tirada.

Um membro do Taleban disse à rede de TV NBC que o grupo rebelde não possui a conta do Twitter que postou a imagem. O Twitter é de um simpatizante que trabalhou em uma universidade do Afeganistão e copiou a foto do Facebook dos militantes.

Segundo Warren, Bergdahl continua sua recuperação como paciente externo no hospital e confirmou que estará assessorado por especialistas para enfrentar o grande interesse midiático que despertou.

O sargento ainda não deu nenhuma entrevista e continua com uma vida discreta, enquanto se especula sobre as circunstâncias em que foi capturado pelos telebans no Afeganistão.

Companheiros de seu pelotão afirmam que ele abandonou sua posição voluntariamente e o Pentágono iniciou uma investigação, mas por enquanto diz não ter encontrado provas de deserção.