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    Rússia pretende reabrir antiga base soviética em Cuba, a 250 km dos EUA

    DA REUTERS

    16/07/2014 15h08

    A Rússia negocia secretamente um acordo provisório com Cuba para reabrir uma grande base da era soviética na ilha caribenha, de onde o país espionou os Estados Unidos, disse uma fonte do setor de segurança da Rússia nesta quarta-feira (16).

    Confirmando uma reportagem do jornal russo "Kommersant", segundo o qual a ação teria sido acertada em princípio durante a visita do presidente Vladimir Putin a Cuba na semana passada, a fonte disse à Reuters que a estrutura de um acordo foi combinada no encontro.

    O Kremlin não comentou o assunto. A base foi fechada em 2001 para reduzir custos.

    Segundo o "Kommersant", as discussões sobre a reabertura da base começaram anos atrás, e se intensificaram neste ano, com a deterioração das relações entre Rússia e Estados Unidos após a crise ucraniana e a anexação da Crimeia pelos russos.

    O diário russo não deu detalhes financeiros sobre o acordo, mas lembrou que pouco antes da visita de Putin à ilha, a Rússia perdoou 90% da dívida de US$ 32 bilhões que Cuba tinha com a ex-União Soviética.

    GUERRA FRIA

    No auge da Guerra Fria, a base de Lourdes, ao sul da capital cubana, Havana, teve até 3.000 funcionários e foi o maior centro de operações de Moscou no exterior para a coleta de informações a partir de sinais de rádio.

    Criada em 1964, logo após a Crise dos Mísseis, e localizada a 250 quilômetros da costa dos Estados Unidos, a base também foi usada para facilitar as comunicações de navios russos.

    A crise se deu após a decisão de Moscou, em 1962, de posicionar mísseis nucleares em Cuba, e é lembrada como o momento da Guerra Fria em que o mundo esteve mais próximo de um conflito nuclear entre Estados Unidos e União Soviética.

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