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    Dilma pede 'cuidado' na apuração de responsabilidades por queda de avião

    TAI NALON
    FLÁVIA FOREQUE
    SOFIA FERNANDES
    DE BRASÍLIA
    MARCELO NINIO
    ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

    17/07/2014 19h53

    A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (17) que o governo brasileiro não deverá se manifestar sobre a queda do avião com passageiros da Malaysia Airlines.

    Enquanto a Rússia responsabiliza a Ucrânia pelo ocorrido, os Estados Unidos dizem que o avião foi abatido por um míssil antiaéreo terrestre.

    Segundo Dilma, "é prudente tomar cuidado". "Ao mesmo tempo, tem um segmento da imprensa dizendo que era este avião que foi derrubado que estava na rota da volta do presidente [da Rússia, Vladimir] Putin. Coincidia com horário e percurso. Então que o míssil seria dirigido ao avião do presidente Putin", disse ela.

    "É importante ter claro que não era um míssil de fácil manejo. Então, nós temos de olhar com cuidado para ver de fato o que aconteceu. O governo brasileiro não se posicionará quanto a isso enquanto fique mais claro, por uma questão não só de seriedade, mas também de prudência. Nós não temos todas as informações", continuou.

    Além de se tratar de uma escalada grave da violência na região, caso forem confirmadas pelas autoridades locais as especulações sobre o míssil, a posição do Brasil em apoiar ou não as autoridades russas tem outro pano de fundo.

    Apesar de não querer melindrar Putin, o governo brasileiro deve evitar declarações contundentes sobre a escalada de sanções contra a Rússia, porque está "retomando o namoro" com os EUA, segundo um integrante do governo.

    "Essa tragédia não teria ocorrido se houvesse paz na região, se as ações militares não tivessem recomeçado no sudeste da Ucrânia. E, certamente, o Estado responsável pelo território tem responsabilidade sobre esta terrível tragédia", disse Putin.

    Segundo comunicado divulgado na madrugada de sexta-feira em Moscou, o presidente russo iniciou uma reunião com conselheiros pedindo um minuto de silêncio por causa da queda.

    Editoria de Arte/Folhapress

    ACIDENTE

    A Malaysia Airlines divulgou nota em que confirma ter pedido contato com o voo MH17 às 11h15 (hora de Brasília) quando ele sobrevoava a Ucrânia, a 50 quilômetros da fronteira com a Rússia.

    Segundo a companhia, havia 280 passageiros e 15 membros da tripulação a bordo.

    O avião seguia de Amsterdam para Kuala Lumpur, capital da Malásia.

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