Uma série de bombardeios, incluindo três em um período de menos de 10 minutos, matou pelo menos 27 pessoas em Bagdá neste sábado (19), agitando a frágil sensação de segurança que a capital manteve apesar da ofensiva militante sunita no Iraque.
Os ataques estão entre os mais significativos em Bagdá desde que insurgentes liderados pelo grupo extremista Estado Islâmico tomou a segunda maior cidade do Iraque, Mossul, no mês passado, no início de sua guerra relâmpago. Após a queda de Mossul, o governo agiu agressivamente para tentar proteger Bagdá em meio a temores de que possa cair também, e a cidade viu alguns grandes ataques nas últimas semanas.
Neste sábado (19), um atentado no bairro xiita de Abu Dashir, onde um suicida bateu um carro cheio de explosivos contra um posto de controle, matou pelo menos nove pessoas, entre elas quatro policiais, e feriu outras 19, disseram autoridades.
Mortífero atentado de sábado aconteceu no bairro xiita de Abu Dashir, onde um atacante suicida bateu um carro cheio de explosivos em um posto de controle, matando pelo menos nove pessoas e ferindo outras 19, disseram autoridades. Quatro policiais estavam entre os mortos, disse um policial.
Mais tarde, três carros-bomba em diferentes bairros de Bagdá atingiram os bairros de Baiyaa, Jihad e Khazimiyah em menos de 10 minutos. Os ataques mataram pelo menos 15 pessoas e feriram 42, disseram autoridades policiais.
Outro carro bomba perto de um ponto de ônibus em Khazimiyah mataram três e feriu 15.
Funcionários do hospital em Bagdá confirmou os números de vítimas em todos os ataques.
As autoridades falaram sob condição de anonimato porque não foram autorizados a falar com jornalistas.
A blitz militante sunita, liderado pelo grupo extremista Estado Islâmico, foi empurrada para áreas a oeste de Bagdá e também estabeleceu presença em um cinturão de áreas sunitas ao sul e ao norte da capital. Bagdá tem uma população predominantemente xiita.
Os militares iraquianos lançaram uma contraofensiva no mês passado para tentar desalojar os rebeldes da cidade de Tikrit, a cerca de 130 quilômetros ao norte de Bagdá. Esse esforço conseguiu proteger grande parte da estrada entre Tikrit e da cidade de Samarra, que abriga um dos santuários xiitas mais importantes. Tikrit permanece nas mãos de militantes.
No noroeste da cidade, a luta pesada se desencadeou em torno de uma base aérea que anteriormente serviu como uma instalação militar dos EUA conhecida como acampamento Speicher.
No sábado (19), o tenente-general Qassim al-Moussawi, porta-voz militar iraquiano, negou relatos de que militantes haviam tomado o acampamento Speicher, dizendo que as tropas governamentais repeliram um ataque de sexta-feira e que a base permanece totalmente nas mãos do governo.
Três funcionários de segurança confirmaram que os militantes lançaram um ataque aéreo na quinta-feira, destruindo um helicóptero. Um dos funcionários disse que os outros helicópteros em Speicher foram "evacuados" da base para evitar que fossem danificados, mas eles já foram devolvidos.
As autoridades falaram sob condição de anonimato porque não foram autorizados a falar com a mídia.
Um residente de Tikrit, Ahmed Jassim, disse por telefone que os confrontos estavam acontecendo ao redor Speicher no sábado, mas "os pistoleiros estão fora do acampamento." O centro de Tikrit ainda está sob controle insurgente e está sendo bombardeado pelo exército iraquiano, disse ele.