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    Gaza tem dia mais sangrento dos confrontos, segundo os dois lados

    DA REUTERS
    DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

    20/07/2014 15h58

    Dezenas de palestinos e 13 soldados israelenses foram mortos quando Israel bombardeou um bairro de Gaza e combateu militantes neste domingo. Segundo os dois lados, foi o combate mais sangrento de uma ofensiva de quase duas semanas.

    A estimativa do total de palestinos mortos varia de acordo com a fonte. A agência France-Presse chega a estimar mais de 100 mortos palestinos de acordo com médicos em Gaza. A Reuters, por sua vez, relata 60 palestinos mortos.

    O presidente palestino, Mahmoud Abbas, acusa Israel de promover um massacre em Shejaia, nos subúrbios do oeste da cidade de Gaza. Ele decretou luto de três dias.

    O Exército de Israel disse estar alvejando militantes do grupo Hamas, que segundo os soldados teriam disparado foguetes a partir de Shejaia e construído túneis e centros de comando lá. O Exército disse ter pedido a retirada dos moradores com dois dias de antecedência.

    Foi a mais alta quantidade de baixas militares israelenses em um só dia desde uma guerra contra guerrilheiros do Hizbullah, no Líbano, em 2006.

    Segundo Israel, sete dos 13 soldados mortos estavam num transporte blindado atingido por disparos antitanque. Outros foram mortos quando se posicionavam dentro de casas que haviam tomado.

    Os moradores fugiram dos confrontos por ruas coalhadas de cadáveres e destroços, muitos deles se abrigando no hospital Shifa, em Gaza.

    Segundo Nasser Tattar, diretor do hospital, entre os 62 mortos havia 17 crianças, 14 mulheres e quatro idosos, e cerca de 400 pessoas ficaram feridas no ataque israelense.

    O Ministério da Saúde de Gaza disse que outros 37 palestinos também foram mortos neste domingo, elevando a 433 o número de mortes em Gaza desde o início dos confrontos, em 8 de julho. A maior parte dos mortos seria de civis. Cerca de 2.600 palestinos foram feridos, segundo o ministério..

    Do lado israelense, 18 soldados e dois civis foram mortos desde o início da ofensiva, que se expandiu desde quinta-feira (17) por terra, após uma série de ataques por foguete através da fronteira por militantes.

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