A possível derrubada do avião da Malasya Airlines por separatistas do leste Ucrânia foi uma "violação absoluta" e "inaceitável", segundo o presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Durão Barroso.
"A União Europeia não pode aceitar esse tipo de comportamento", disse na manhã desta segunda-feira, em evento da FGV.
Para o político, as primeiras indicações, que ainda precisam de confirmação, apontam que o avião foi abatido por rebeldes apoiados pela Rússia.
Essa, diz, é a conclusão de uma comissão independente de investigadores internacionais.
Barroso criticou a posição russa de apoio aos rebeldes e apoiou sanções, como a restrição da entrada de cidadãos russos ligados ao conflito na Europa.
"Vimos na Rússia tons nacionalistas que julgamos que não faziam mais parte do século 21 e uma lógica da guerra fria que é lamentável", disse.
São exemplos, diz, é a anexação da Criméia e agora o apoio ao aos rebeldes.
Segundo Barroso, a associação da Ucrânia e UE foi uma vontade do povo, que queria um padrão de vida europeu e se espelhava na Polônia –que tinha renda per capita similar à da Ucrânia e hoje o indicador é três vezes maior do que no país em conflito.