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    Queda de avião no Mali matou as 118 pessoas a bordo, diz governo francês

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    25/07/2014 06h35

    O presidente francês, François Hollande, indicou nesta sexta-feira (25) que "lamentavelmente não há nenhum sobrevivente" do avião da Air Algérie que caiu ontem no Mali com 118 pessoas a bordo.

    "Uma caixa-preta foi recuperada e encaminhada a Gao [cidade onde a França tem uma base]", declarou ainda o presidente em uma breve declaração à TV. Hollande acrescentou que todas as hipóteses sobre as causas do acidente estão sendo estudadas, em particular meteorológicas.

    "Os soldados franceses que já estão ali protegeram o local e realizaram as primeiras investigações", disse.

    ECPAD/Reuters
    Soldado francês com destroços do avião da Air Algerie, que caiu no Mali
    Soldado francês com destroços do avião da Air Algerie, que caiu no Mali

    A presidência francesa corrigiu o número de 116 a bordo para 118 –112 passageiros e seis tripulantes.

    Mais cedo, o governo francês havia confirmado que os destroços do avião foram localizados próximos a cidade de Gossi, no sul do país, perto da fronteira com a Burkina Fasso.

    O presidente do Mali, Ibrahima Boubacar Keita, deve visitar o local da queda nesta sexta-feira, segundo a TV estatal.

    Os dez piores acidentes da história da aviação civil

    O controle teria perdido contato com o avião à 1h55 (22h55 de Brasília), cerca de 50 minutos após a decolagem de Uagadugu, capital de Burkina Fasso, rumo a Argel, capital da Argélia. Autoridades de Burkina Fasso afirmaram que entregaram o voo à torre de controle de Niamey, Níger, à 1h38. Eles disseram que o último contato com o voo ocorreu logo após 3h30.

    O avião operado pela Air Algérie –um modelo MD-83 pertencente à companhia aérea privada espanhola Swiftair– levava seis tripulantes espanhóis, 51 franceses, 24 burquinenses, oito libaneses, seis argelinos, cinco canadenses, quatro alemães, dois luxemburgueses, um belga, um camaronês, um egípcio, um malinês, um nigeriano, um romano, um suíço e um ucraniano. A nacionalidade dos passageiros restantes ainda não foi confirmada, segundo o francês "Le Monde".

    ACIDENTES

    O episódio é o último de uma série de desastres aéreos. Em março, o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu com 239 pessoas a bordo quando ia de Kuala Lumpur (Malásia) para Pequim (China).

    Na semana passada, outro avião, também da Malaysia Airlines, um Boeing-777, foi derrubado aparentemente pelo disparo de um míssil na região ucraniana de Donetsk, perto da fronteira com a Rússia. O medo de que algo parecido ocorresse em Israel fez empresas americanas e europeias suspenderem voos internacionais para o aeroporto de Tel Aviv -a maioria já retomou as atividades.

    Ademais, nesta quarta, um avião da Transasia Airways caiu em Taiwan durante um temporal, matando 48 pessoas.

    MALI

    Os vastos desertos e montanhas do norte do Mali foram tomados por separatistas da etnia tuaregue e, em seguida, por extremistas islâmicos ligados à Al Qaeda, após um golpe militar em 2012.

    O governo do Mali e seis grupos armados com os quais estava em negociações em Argel chegaram a um acordo para um roteiro de transição no país, segundo anunciou a presidência nesta quinta-feira em sua conta no Twitter.

    O roteiro pactuado entre as partes representa o compromisso de todos eles de criar um marco para as futuras negociações de paz que permitam uma solução "global e negociada" ao conflito que assola o país há mais de dois anos.

    Os seis grupos participantes das negociações representam as distinta etnias dos combatentes na faixa do Azawad, desde os tuaregues em suas distintas tendências (laicos ou islamitas) até a minoria árabe.

    Estes grupos, apesar de terem assinado a paz com o governo do Mali, mantêm vivas suas reivindicações para um maior autogoverno nesta vasta região desértica do Mali, em conflito histórico com a maioria negro-africana do país.

    As forças francesas intervieram em janeiro de 2013 para enfrentar os extremistas islâmicos. Um soldado francês foi morto no início deste mês, perto de Gao, onde as tropas francesas permanecem.

    Editoria de Arte/Folhapress

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