• Mundo

    Saturday, 04-May-2024 02:03:33 -03

    Treze civis morrem em combates no leste da Ucrânia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    27/07/2014 12h59

    Treze civis, entre eles duas crianças, morreram neste domingo (27) em combates em Gorlivka, um dos redutos dos separatistas pró-russos localizado a 45 km ao norte de Donetsk, anunciou a administração regional em um comunicado.

    "Segundo as primeiras informações, 13 pessoas morreram, entre elas um menino de um ano e outro de cinco", segundo a nota.

    Um porta-voz militar ucraniano informou anteriormente que ocorreram disparos de lançadores múltiplos de foguetes Grad nos bairros residenciais de Gorlivka e responsabilizou os rebeldes pelos ataques.

    "O trabalho dos serviços de emergência está perturbado por disparos regulares", de acordo com a mesma fonte.

    "Eu estava no mercado quando pessoas da DNR (República Autoproclamada de Donetsk) nos disseram que iriam ocorrer muitos disparos ali e que deveríamos partir", declarou à AFP por telefone Liudmila, uma moradora de Gorlivka.

    "Vinte minutos depois começaram os disparos. O primeiro veio do interior da cidade e depois de todos os lados. Não entendo nada", disse.

    TRAGÉDIA AÉREA

    Policiais holandeses e australianos, acompanhados pela OSCE, cancelaram neste domingo uma visita ao local onde o avião da Malaysia Airlines foi derrubado, em meio aos combates entre o Exército ucraniano e os separatistas pró-russos.

    Os disparos de artilharia eram ouvidos a apenas um quilômetro do local do impacto do avião, a 60 km de Donetsk, onde se erguia uma coluna de fumaça negra.

    Dez dias após a queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines que cobria a rota Amsterdã-Kuala Lumpur com 298 pessoas a bordo, ainda existem restos de corpos e do avião espalhados pela zona, na qual os inspetores têm apenas um acesso limitado.

    Trinta especialistas médicos-legais holandeses e uma equipe de policiais desarmados deste país e da Austrália se preparavam neste domingo para visitar o local pela manhã, mas precisaram desistir por motivos de segurança.

    "Continuam ocorrendo combates. Não podemos nos arriscar", declarou Alexander Hug, vice-diretor da missão especial na Ucrânia da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), que supervisionava a viagem.

    "As condições de segurança em direção ao local e no próprio local são inaceitáveis para uma missão de observadores desarmados", acrescentou, afirmando que poderão tentar se aproximar nesta segunda-feira (28).

    O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, afirmou, por sua vez, que o envio de uma missão militar internacional para garantir a segurança na zona não é realista no momento, devido à forte presença armada de separatistas nesta região próxima à fronteira russa.

    Um porta-voz militar ucraniano afirmou que o Exército não estava combatendo perto do local da catástrofe, diferentemente, segundo Kiev, dos separatistas.

    "Os terroristas estão destruindo provas de seu crime?", se perguntou em sua conta no Twitter o ministro das Relações Exteriores, Pavlo Klimlin.

    Kiev e os ocidentais acusam os insurgentes pró-russos e seus protetores no Kremlin pela queda do avião.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024