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    Confrontos impedem ida de equipe internacional a local de queda de avião

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    28/07/2014 08h54

    Confrontos entre separatistas e forças ucranianas obrigaram especialistas internacionais a abandonar os planos, pelo segundo dia consecutivo, de chegar ao local onde um avião civil foi abatido para investigações, segundo oficiais e rebeldes.

    Nesta segunda (28), a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) disse no Twitter que seus peritos –que viajam com a equipe australiana e holandesa que comanda as investigações– foram obrigados a retornar à capital da província de Donetsk por "razões de segurança".

    Tropas do governo prosseguiram sua ofensiva contra os rebeldes pró-russos, conquistando áreas sob controle separatista próximas do local onde o avião da Malaysia Airlines foi derrubado com 298 pessoas a bordo.

    "Os ucranianos tomaram uma parte do território da queda", declarou à imprensa Vladimir Antiufeev, número dois do governo da autoproclamada República de Donetsk.

    Segundo um comunicado, as forças ucranianas tomaram a cidade de Debaltsevo, a 35 quilômetros do local do acidente, e a estratégica colina de Saur-Moguila, de onde as milícias pró-russas abriam fogo constantemente contra os militares.

    Também recuperaram as cidades de Shajtarsk, muito próxima ao lugar onde estão os destroços do Boeing-777, e Torez, a cidade de onde os corpos das vítimas do desastre partiram em um trem com vagões refrigerados rumo à cidade de Kharkov.

    Segundo o relatório militar, o exército e a Guarda Nacional ucranianos tomaram posições nos arredores da cidade de Gorlovka e se preparam para atacar as posições que controlam ali as milícias separatistas pró-Rússia.

    Os intensos combates nas imediações do local do acidente já haviam impedido os monitores internacionais de chegarem até lá para investigar a derrubada do avião no domingo (27).

    Os lados rivais se acusaram mutuamente de impedir o acesso ao local, já que as estradas tem pontos de controle separatistas e do governo ucraniano.

    Em Kiev, o ministro das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, disse que iria discutir o acesso com as autoridades ucranianas. Bishop também disse que a Austrália, que perdeu 28 cidadãos no acidente, esperava que a Rússia usasse sua influência sobre os rebeldes para ajudar a permitir amplo acesso ao local da queda para que as investigações possam ser feitas.

    Onze dias após a queda do Boeing-777 da Malaysia Airlines, que cobria a rota Amsterdã-Kuala Lumpur, ainda existem restos de corpos e do avião espalhados pela zona, na qual os inspetores têm apenas um acesso limitado.

    Muitos corpos já foram levados à Holanda, onde uma primeira vítima foi identificada no sábado.

    CONFRONTO

    Pelo menos três civis foram mortos em combate durante a noite no leste da Ucrânia.

    Em Donetsk, as autoridades locais disseram que houve confrontos em vários bairros da cidade durante a noite e que várias casas foram danificadas.

    O serviço de emergência da Ucrânia disse que mais de 56 mil pessoas fugiram da violência no leste desde que Kiev começou o que chama de operação "antiterrorista" contra os rebeldes separatistas há três meses.

    Os rebeldes disseram que cinco civis foram mortos na outra cidade que controlam, Lugansk, a nordeste de Donetsk.

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