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    Líder religioso iraniano critica Israel por 'genocídio' em Gaza

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    29/07/2014 07h03

    O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, condenou nesta terça-feira (29) os ataques de Israel na faixa de Gaza, o que classificou como um "genocídio", em um discurso por ocasião do fim das celebrações muçulmanas do Ramadã, além de ter chamado o Estado judeu de "cachorro raivoso".

    "Hoje, o assunto principal para o mundo do islã e talvez para toda a humanidade é a faixa de Gaza. Um cachorro raivoso e um lobo predador atacam seres humanos inocentes. A humanidade deveria reagir a isso como corresponde", disse em seu tradicional discurso em Teerã por ocasião da festividade de Eid al-Fitr, que encerra o mês do Ramadã.

    O principal líder espiritual e político da República Islâmica do Irã classificou de "genocídio" e de "enorme catástrofe histórica" o resultado dos 21 dias de ofensiva militar israelense em Gaza.

    "O presidente dos Estados Unidos (Barack Obama) ordenou o desarmamento da resistência para impedir que responda após tantos crimes. Ao contrário de sua reivindicação de que o Hamas e a Jihad (Islâmica) devem se desarmar, o mundo, especialmente o islâmico, tem o dever de mobilizar a nação palestina da maneira que for possível", afirmou.

    Em uma conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Obama afirmou que qualquer solução de longo prazo do conflito entre israelenses e palestinos passa por "desarmar os grupos terroristas e desmilitarizar Gaza".

    Mais de 1,1 mil palestinos (a maioria civis), 55 israelenses (quase todos eles soldados) e um tailandês morreram nos combates ente o Exército israelense e as milícias palestinas, nos lançamentos de foguetes de Gaza contra Israel e nos bombardeios das Forças Armadas israelenses sobre o território palestino.

    Khamenei também agradeceu os presentes pelo "comparecimento massivo" nas manifestações em todo o país na última sexta-feira (25), quando o Irã lembrou o 'Dia de Jerusalém' (Al Quds, em árabe).

    "O dia de Al Quds foi um grande dia. Em um clima caloroso, nosso povo em jejum, homens e mulheres e, especialmente mulheres respeitando o código de vestimenta islâmico, o chador, com seus bebês no colo, tomaram parte nas manifestações", disse.

    O Irã não reconhece a existência de Israel e apoia os grupos islamitas palestinos Jihad Islâmica e Hamas –que controla a faixa de Gaza.

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