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    Após tragédia, setor aéreo cria força-tarefa para discutir segurança

    DE SÃO PAULO

    29/07/2014 18h40

    As principais entidades do setor aéreo do mundo criaram nesta terça-feira (29) uma força-tarefa para discutir a melhora nos sistemas de segurança de voo e pedir à comunidade internacional mais controle sobre o armamento militar.

    As medidas são a primeira reação da indústria aérea à queda de um Boeing-777 da Malaysia Airlines na Ucrânia, que deixou 298 mortos no dia 17. Segundo o governo ucraniano e países ocidentais, o avião foi derrubado por separatistas pró-Rússia.

    O encontro reuniu representantes da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO), do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) e da Organização de Serviços de Navegação da Aviação Civil (CANSO).

    Na reunião, eles consideraram a queda da aeronave um ataque a toda a indústria aérea. "Aviões civis são instrumentos de paz. Eles nunca deveriam ser alvos de armas de guerra", disse o diretor-geral da IATA, Tony Tyler.

    Os representantes da indústria pediram ainda que os países forneçam o máximo de informação correta e sem erros sobre a segurança em seus espaços aéreos.

    Como exemplo, citaram a proibição das autoridades americanas e a forte recomendação da União Europeia para que as empresas aéreas suspendessem suas operações no aeroporto de Tel Aviv, em Israel, na semana passada.

    Cerca de 20 empresas aéreas cancelaram voos durante três dias após um foguete disparado pelo grupo radical palestino Hamas cair perto do terminal, no dia 22. No mesmo dia, Israel disse que as operações na área eram seguras.

    ARMAS

    As organizações ainda pediram que a comunidade internacional incorpore maiores controles na fabricação e na distribuição de armas que possam atingir aviões comerciais, assim como a entrega desses armamentos para grupos paramilitares.

    "Não há lei ou convenção internacional que lide com essas ameaças, assim como com outros tipos de armas. A queda deste avião nos mostrou que já uma brecha no sistema internacional que precisa ser fechada".

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