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    Críticas de Israel contra Kerry são 'ofensivas e absurdas', dizem EUA

    DA EFE
    DE SÃO PAULO

    30/07/2014 17h14

    As críticas de Israel contra o secretário de Estado americano, John Kerry, classificando-o como um defensor do Hamas, são "ofensivas e absurdas", declarou nesta quarta (30) a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Marie Harf.

    Em uma entrevista considerada tensa, Harf afirmou que as palavras de um "grupo de vozes respeitadas de Israel sobre o secretário de Estado, segundo as quais respalda o Hamas, são ofensivas e absurdas".

    Os EUA deram a Israel "um nível de apoio que francamente não tem precedentes em nossa história, mesmo quando estamos sozinhos", acrescentou Harf.

    O influente colunista Nahum Barnea escreveu no jornal israelense "Yediot Aharonot" que Kerry "é um amigo de Israel, mas como amigos como esse, às vezes é melhor negociar com nossos inimigos".

    Kerry também foi qualificado pela imprensa de Israel como "elefante em uma loja de porcelana" e de "amador que crê que pode resolver os problemas do mundo apenas com sua presença".

    O secretário de Estado ignorou as críticas "Não vou me preocupar com ataques pessoais", disse nesta terça (29).

    CONFLITO

    Nesta quarta, os EUA também criticaram Israel no que diz respeito ao ataque a uma escola da ONU no campo de refugiados de Jabaliya, no norte da faixa de Gaza.

    Segundo as autoridades de saúde de Gaza, ao menos 15 palestinos morreram.

    A porta-voz da Casa Branca, Bernadette Meehan, disse que os EUA estão "extremamente preocupados" que milhares de palestinos não estejam seguros nos abrigos da ONU em Gaza.

    Meehan acrescentou que Washington também condena os responsáveis por esconder armas em instalações da ONU em Gaza, numa referência ao grupo palestino Hamas.

    O Exército israelense alegou que os radicais do Hamas, que controla a faixa de Gaza, lançaram bombas de um ponto próximo à escola e que os militares atiraram de volta.

    Um porta-voz da UNRWA (agência da ONU para os refugiados palestinos), Chris Gunness, disse à BBC que Israel foi avisado 17 vezes de que a escola em Jabaliya estava abrigando os refugiados. "A última vez foi horas antes do ataque", disse.

    O número total de palestinos mortos desde o início da ofensiva israelense "Margem Protetora" no dia 8 de julho subiu para 1.326 nesta quarta, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Israel perdeu 56 soldados e três civis.

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