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    Quase 300 crianças morreram na ofensiva israelense em Gaza, diz Unicef

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    02/08/2014 14h48

    A ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, iniciada em 8 de julho, provocou a morte de pelo menos 296 crianças e adolescentes palestinos, segundo o Unicef.

    "As crianças representam 30% das vítimas civis", afirma o Fundo das Nações Unidas para a Infância.

    Os dados ainda não são definitivos. "O número de crianças mortas nas últimas 48 horas pode aumentar, após uma série de verificações que estão sendo feitas", afirma o Unicef.

    O Estado de Israel acusa o movimento islamita palestino Hamas, que controla Gaza, de usar a população como escudo humano e diz que quase metade das vítimas de seus ataques era de militantes.

    "Há uma pesquisa sendo realizada no Exército, muito profissional e confiável, cuja conclusão é que pelo menos 47% dos mortos são terroristas, com fotografias e nomes", disse Tzachi Hanegbi, vice-ministro do Exterior, à TV israelense Canal Dois.

    Israel, que perdeu 63 soldados e três civis nos confrontos, disse que tem feito o possível para evitar que inocentes se machuquem e que o Hamas facilita essas mortes ao operar em áreas densamente povoadas.

    Até este sábado, mais de 1.670 palestinos, em sua ampla maioria civis, morreram em consequência da ofensiva israelense. Os ataques, de ambos os lados, foram retomados na sexta após uma trégua que durou poucas horas.

    Said Khatib/AFP
    Palestinos inspecionam os restos de um prédio que foi atingido por um ataque de Israel em Rafah
    Palestinos inspecionam os restos de um prédio que foi atingido por um ataque de Israel em Rafah

    SEM ACORDO

    O governo egípcio tenta mediar negociações entre Israel e Palestina e chamou representantes dos dois lados para um encontro no Cairo neste domingo. Representantes palestinos já chegaram ao Egito, mas Israel disse que pretende encerrar o conflito de forma unilateral quando acreditar que sua missão esteja cumprida.

    "Não há nenhuma razão para falar de cessar-fogo com essa organização (Hamas). Tentamos em seis ocasiões e não conseguimos nada", afirmou Yuval Steinintz, ministro de Assuntos Estratégicos de Israel.

    Um acordo de cessar-fogo que trouxesse vantagens aos palestinos, como a retirada de bloqueios na Faixa de Gaza, poderia ser visto como vitória do Hamas, na opinião de um membro do governo israelense ouvido pela agência Efe.

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