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    Iraque fará ataques aéreos para ajudar os curdos

    DA AFP

    04/08/2014 11h31

    O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, ordenou nesta segunda-feira (4) que a aviação iraquiana ajude as forças curdas, conhecida como peshmerga, em sua luta no norte do país contra o grupo radical Estado Islâmico (EI), informou um porta-voz do Exército, Qasem Ata.

    "O comandante-em-chefe das Forças Armadas deu ordens aos chefes da força aérea e das unidades de aviação para proporcionar apoio aéreo às forças peshmerga", indicou, em um comunicado.

    Por sua parte, uma alta fonte do Exército iraquiano indicou que o Partido da União Democrática (o partido curdo na Síria) está em combate nas zonas de Sinjar e Rabia, um setor do norte do Iraque, na fronteira com a Síria.

    Os radicais do Estado Islâmico (EI) anunciaram nesta segunda-feira a intenção de ampliar sua ofensiva nos territórios do norte do Iraque, controlados pelos curdos, que já sofreram vários reveses nos últimos dois dias.

    O EI disse ter alcançado o triângulo entre a Turquia, Síria e Iraque. Este é o avanço mais importante desde que em 9 de junho os radicais lançaram uma ofensiva e conquistaram em poucos dias amplas zonas do norte do Iraque, incluindo a segunda cidade do país, Mossul, na província de Nínive.

    AVANÇO

    O EI retomou no domingo (3) o controle da cidade iraquiana de Sinjar, noroeste do país, de onde expulsaram quase 200.000 pessoas, segundo a ONU.

    A tomada Sinjar aconteceu um dia depois da conquista de Zumar, outra cidade próxima a Mossul, de onde o EI expulsou as forças curdas após combates violentos.

    Os insurgentes assumiram o controle ao mesmo tempo de dois campos de petróleo com produção total de 20.000 barris diários, assim como de uma pequena central de energia elétrica.

    Zumar e Sinjar integravam as áreas que os peshmerga assumiram o controle após a retirada do exército iraquiano, no início da ofensiva dos insurgentes sunitas em junho.

    As forças curdas, consideradas as mais bem organizadas do país, também enfrentam as dificuldades financeiras e militares para garantir a segurança do seu território. Uma delegação curda está atualmente nos Estados Unidos para obter apoio militar.

    Mas a ajuda precisa, em tese, da aprovação de Bagdá, onde as instituições estão quase paralisadas. Os deputados xiitas têm até 8 de agosto para designar o candidato ao cargo de primeiro-ministro.

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