O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto proibindo ou limitando a importação de produtos agrícolas de países que impuseram sanções à Rússia, segundo anunciou o serviço de imprensa do Kremlin nesta quarta-feira (6).
Putin ordenou que o governo listasse bens a serem banidos das importações por um ano, disse o Kremlin.
Mais cedo, a Rússia estendeu a proibição de importação de alimentos para a Romenia, intensificando a sua resposta às novas sanções ocidentais –impostas por causa do suposto apoio russo aos rebeldes separatistas na Ucrânia.
A carne e o gado não poderão mais ser importados da Romenia, por causa da doença da vaca louca.
Moscou já impôs proibições ao suco e produtos lácteos ucranianos, vegetais poloneses e carne bovina australiana.
As proibições ocorrem depois das sanções contra os setores bancário e de energia impostas à Rússia pelos EUA e União Europeia, que acusam o Kremlin de financiar e fornecer armas a rebeldes no leste da Ucrânia que lutam pela independência do governo de Kiev.
Moscou nunca vinculou diretamente suas proibições de importações às sanções, mas a ação parece ser uma retaliação em meio à pior crise nas relações com o Ocidente desde o fim da Guerra Fria.
As sanções ocidentais foram impostas primeiramente contra aliados de Putin, antes de serem expandidas contra setores da economia russa.
A Coca-Cola disse na quarta-feira que tinha retirado anúncios de quatro canais de televisão russos, mas negou que a decisão seja ligada às sanções. A empresa disse que uma queda nas vendas do segundo trimestre provocou a reavaliação de seus planos de marketing.
Em 2013, a Coca-Cola tinha uma quota de 23,5% do mercado de sucos da Rússia, no valor de cerca de US$ 4,6 bilhões, enquanto a rival PepsiCo tinha 35,5%.