Membros do governo regional do Curdistão iraquiano disseram nesta quinta-feira (7) ao jornal "New York Times" que forças militares dos Estados Unidos bombardearam áreas dominadas pelo grupo radical Estado Islâmico.

Os ataques também foram informados por emissoras de televisão curdas, sediadas em Irbil. Segundo o governo curdo, as bombas atingiram as cidades de Gwer e Mahmour e receberam o apoio de moradores da região.

Pelo microblog Twitter, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, desmente a informação. "Essas reportagens são completamente falsas. Não tomamos uma ação como essa", disse.

Se confirmada, será a primeira vez que os Estados Unidos fazem uma ação militar no Iraque desde a saída de suas tropas do país árabe, em dezembro de 2011.

Mais cedo, o "New York Times" havia informado que o presidente americano, Barack Obama, considerava atacar posições do Estado Islâmico e enviar ajuda a 40 mil curdos da etnia yazidi que foram cercados por militantes do Estado Islâmico.

Os yazidis se refugiam desde domingo nas montanhas de Sinjar, após a cidade homônima ser invadida pelo grupo radical. Além deles, outras 160 mil pessoas deixaram a cidade em dois dias, segundo informações da ONU.

Em entrevista coletiva, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, não confirmou a informação, mas considerou que "não havia soluções militares americanas para os problemas no Iraque". "Esses problemas devem ser resolvidos apenas com soluções políticas tomadas pelos iraquianos".