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    Número de mortes pelo surto de ebola na África ocidental sobe para 1.350

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    20/08/2014 15h34

    A OMS (Organização Mundial da Saúde) atualizou nesta quarta (20) o número de mortos pela epidemia de ebola na África para 1.350, com 106 novas mortes registradas nos dias 17 e 18 de agosto.

    A entidade divulgou que o número de casos confirmados chegou a 2.473, no maior surto da doença desde a descoberta do vírus do ebola, em 1976.

    A Libéria segue sendo o país com mais mortos (576) e casos confirmados (972), seguida pela Guiné (396 mortes e 579 casos) e por Serra Leoa (374 mortes e 907 casos).

    Na Nigéria, a situação é considerada estável, com quatro mortos e 15 casos. Nenhuma nova morte foi registrada entre os dias 17 e 18.

    A agência de saúde da ONU alertou ainda que "países estão começando a experimentar escassez de oferta, incluindo, incluindo alimentos, combustível e suprimentos básicos", devido à suspensão de voos de e para os três países mais afetados.

    DROGA EXPERIMENTAL

    Cientistas britânicos estimam que até 30 mil pessoas precisam do tratamento experimental contra a febre hemorrágica provocada pelo vírus do ebola, que atualmente se espalha por três países da África ocidental.

    Oliver Brady, epidemiologista da Universidade de Oxford, e seus colegas acreditam que esse número pode ser ainda maior, mesmo em um cenário conservador.

    "Essa demanda provavelmente é maior do que muitos imaginam", escreveu Brady na revista científica "Nature".

    Ao todo, 17 drogas contra o ebola e 12 vacinas estão em desenvolvimento em várias companhias e instituições, segundo a "BioWorld", uma publicação da Thomson Reuters. Alguns foram definhando em estudos com animais e outros pré-clínicos por mais de uma década.

    "É inconcebível pensar que todos os indivíduos infectados ou com risco de infecção terão tratamento –simplesmente não há medicação experimental suficiente", afirma Jonathan Ball, professor de virologia molecular na Universidade de Nottingham, que não está envolvido com o time de trabalho de Oxford.

    Editoria de arte/Folhapress

    Como muitos especialistas, Ball acredita que a epidemia atual será interrompida após medidas padrão de controle de infecção e educação pública.

    Na semana passada, o governo do Canadá afirmou que vai doar de 800 a 1.000 doses de uma vacina do ebola desenvolvida por um laboratório governamento para a OMS, ainda que nunca testada em humanos.

    Outra vacina, da GlaxoSmithKline, aguarda aprovação da FDA (agência que regula alimentos e remédios nos EUA) para iniciar um estudo de segurança humana, possivelmente no próximo mês.

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