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    Israel mata três comandantes do Hamas em bombardeio em Gaza

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    21/08/2014 06h15

    Três supostos comandantes militares do movimento islamita Hamas morreram nesta quinta-feira (21) em um bombardeio da aviação de guerra israelense sobre um imóvel da cidade de Rafah, no sul de Gaza.

    As Brigadas Ezedin al-Qassam –o braço militar do Hamas– identificaram em um comunicado os três homens como Mohamed Abu Shamala, Raed al-Attar e Mohamed Barhum.

    O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, elogiou a "inteligência excepcional" e disse em um comunicado que os líderes do Hamas "planejaram ataques mortais contra civis israelenses".

    Após ataque aéreo, centenas de palestinos foram ao local do bombardeio pedindo vingança.

    Eles eram alvos prioritários de Israel, especialmente Shamala, pois os serviços de inteligência internos israelenses o relacionam com a captura em 2006 do soldado israelense Gilad Shalit na operação Kerem Shalom.

    Shalit ficou cinco anos em poder das milícias palestinas, até ser libertado em uma troca com prisioneiros, alguns dos quais Israel voltou a prender em junho deste ano.

    Segundo os serviços de emergência palestinos, o ataque aéreo que destruiu o edifício em Rafah deixou sete palestinos mortos. Não estava claro até o momento se os três chefes militares estavam incluídos neste balanço.

    Segundo a imprensa israelense, Israel acredita que a unidade liderada por Attar foi a que lançou o ataque contra um blindado semanas atrás que matou o tenente Hadar Goldin e feriu seis outros soldados.

    O corpo de Goldin não pôde ser resgatado e o Exército acredita que está em poder das milícias.

    Na quarta (20), Israel atacou o principal líder militar do Hamas, Mohamad al Deif. Deif sobreviveu ao ataque à sua casa do bairro de Sheikh Rawdan, em Cidade de Gaza, mas sua mulher e um de seus filhos, Ali, de sete meses, morreram.

    SEQUESTROS

    Um membro do Hamas disse que militantes do grupo radical foram responsáveis pelo sequestro e morte de três adolescentes israelenses em junho. Foi o primeiro reconhecimento do envolvimento do Hamas no caso.

    Falando em uma conferência em Istambul, Saleh al-Arouri, um oficial do Hamas da Cisjordânia que vive exilado na Turquia, confirmou as alegações israelenses de que o grupo islâmico estaria por trás do sequestro dos adolescentes.

    "Houve muita especulação sobre esta operação, alguns disseram que foi uma conspiração", disse al-Arouri na reunião da União Internacional de Acadêmicos Islâmicos na quarta-feira (20).

    A declaração foi gravada em um vídeo que foi publicado na internet.

    "A vontade popular foi exercida em toda a nossa terra ocupada, e culminou na operação heroica das Brigadas Ezedin al-Qassam de aprisionar os três colonos em Hebron", disse ele, referindo-se ao braço armado do Hamas.

    Autoridades do Hamas até agora não comentaram a declaração.

    Anteriormente, o Hamas negou envolvimento, embora tenha comemorado o sequestro de Eyal Yifrach, 19, Naftali Frenkel, 16, e Gilad Shaer, 16.

    Eles sumiram quando pediam carona perto de colônias judaicas no sul da Cisjordânia.

    ATAQUES

    Outro bombardeio no acampamento de refugiados de Nuseirat deixou um palestino morto, declarou o porta-voz dos serviços de emergência em Gaza, Ashraf al-Qodra.

    Quatro palestinos também morreram nesta quinta-feira na cidade de Gaza durante um ataque aéreo contra um cemitério enquanto enterravam familiares, informaram os socorristas.

    Com eles, o número de palestinos mortos nesta quinta-feira chega a 19, entre eles três crianças, sem contar os três líderes mortos.

    Após uma trégua de nove dias, a guerra travada entre Israel e Hamas desde 8 de julho foi retomada na noite de terça-feira (19) na faixa de Gaza.

    Entre os palestinos, foram cerca de 2.050 mortos, a maioria civis.

    Do lado israelense 64 soldados morreram em combates com as milícias e um civil israelense, um beduíno e um trabalhador asiático foram atingidos por mísseis do Hamas.

    AEROPORTO

    Todos os voos com partida e chegada no aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv seguiam programados na manhã desta quinta-feira, apesar da advertência na véspera do braço armado do Hamas, indicou a Autoridade Aeroportuária israelense.

    "Não há mudanças nos pousos e decolagens. Os voos foram interrompidos por dez minutos, por motivos de segurança que não posso detalhar", indicou à AFP o porta-voz da Autoridade Aeroportuária israelense, Ofer Lefler.

    O braço armado do Hamas lançou na noite de quarta-feira uma advertência às companhias aéreas estrangeiras que voam a Tel Aviv.

    Nenhum foguete foi disparado contra o setor do aeroporto na manhã desta quinta-feira, indicou uma porta-voz do Exército.

    No fim de julho, a queda de um destes dispositivos perto do aeroporto Ben Gurion provocou brevemente seu fechamento e muitos voos foram cancelados.

    O Hamas comemorou a suspensão dos voos como uma grande vitória.

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