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    Americanos que foram tratados contra ebola recebem alta nos EUA

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    21/08/2014 08h32

    Receberam alta nesta quinta-feira (21) os dois americanos que foram levados aos Estados Unidos para fazer um tratamento experimental contra o ebola. Eles contraíram o vírus na Libéria, durante uma missão humanitária.

    O médico Kent Brantly e a missionária Nancy Writebol haviam sido internados no início de agosto no hospital da Universidade Emory, em Atlanta, onde foram isolados e tratados com a droga experimental ZMapp.

    Tami Chappell/Reuters
    Kevin Brantly (de azul) deixa entrevista coletiva após receber alta do hospital em Atlanta, nos EUA
    Kevin Brantly (de azul) deixa entrevista coletiva após receber alta do hospital em Atlanta, nos EUA

    Os dois pacientes foram liberados após fazerem dois exames de sangue nas últimas 48 horas que não detectaram rastros do vírus. Em entrevista, o médico agradeceu por ter sido transferido para os Estados Unidos.

    "Hoje é um dia milagroso. Estou emocionado por estar vivo, por estar bem e de novo com a minha família. Estou agradecido que minha doença tenha aumentado a preocupação sobre a situação na África Ocidental no meio desta epidemia".

    Durante as declarações, os jornalistas ficaram em uma sala diferente da que estava o paciente. Em seguida, foi liberada Nancy Writebol. O marido da missionária, David, afirmou que ela ainda enfrenta alguns sintomas persistentes.

    "Nós decidimos que poderia ser melhor que ela deixasse o hospital para que possa ter todo o descanso e a recuperação que ela precisa neste momento", disse, em comunicado.

    Reuters
    A missionária Nancy Writebol se reencontrou com seu marido, David, após ser tratada contra ebola
    A missionária Nancy Writebol se reencontrou com seu marido, David, após ser tratada contra ebola

    A OMS atualizou nesta quarta (20) o número de mortos pela epidemia de ebola na África para 1.350. A entidade divulgou que o número de casos confirmados chegou a 2.473, no maior surto da doença desde a descoberta do vírus do ebola, em 1976.

    TRATAMENTO EXPERIMENTAL

    Além de Brantly e Writebol, três médicos africanos recebem o tratamento com ZMapp e parecem se recuperar. O padre espanhol Miguel Pajares também recebeu o remédio experimental, mas acabou morrendo.

    Como ainda não há tratamento ou vacina para o ebola, a Organização Mundial da Saúde autorizou o uso de drogas experimentais como o ZMapp.

    Cientistas britânicos estimam que até 30 mil pessoas precisam do tratamento experimental contra a febre hemorrágica provocada pelo vírus do ebola, que atualmente se espalha por quatro países da África –Libéria, Serra Leoa, Guiné e Nigéria.

    Editoria de arte/Folhapress

    Ao todo, 17 drogas contra o ebola e 12 vacinas estão em desenvolvimento em várias companhias e instituições, segundo a "BioWorld", uma publicação da Thomson Reuters. Alguns foram definhando em estudos com animais e outros pré-clínicos por mais de uma década.

    Na semana passada, o governo do Canadá afirmou que vai doar de 800 a 1.000 doses de uma vacina do ebola desenvolvida por um laboratório governamento para a OMS, ainda que nunca testada em humanos.

    Outra vacina, da GlaxoSmithKline, aguarda aprovação da FDA (agência que regula alimentos e remédios nos EUA) para iniciar um estudo de segurança humana, possivelmente no próximo mês.

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