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    Análise: Hamas sofre o mais duro golpe até agora

    CLÓVIS ROSSI
    COLUNISTA DA FOLHA

    21/08/2014 15h45

    A morte de três comandantes das Brigadas Ezzedine al Qassam, o braço militar do Hamas, foi "o mais duro golpe - militarmente e em termos de moral - que o Hamas sofreu desde o início da Operação Margem Protetora" (o nome com que Israel batizou sua ofensiva sobre a Faixa de Gaza).

    É a correta avaliação de Avi Issacharoff, analista de Oriente Médio do "Times of Israel", considerado um dos israelenses mais bem informados sobre assuntos palestinos.

    As brigadas perdem não apenas comandantes de longa experiência, mas dois de seus fundadores: Muhammad Abu Shamala era o chefe do chamado "Comando Sul" e Raed al-Attar comandava a área de Rafah, que fica na fronteira com o Egito.

    Mas há outro impacto dos assassinatos: revela que a inteligência israelense conseguiu penetrar no coração militar do Hamas a ponto de atingir os seus escalões operacionais mais elevados.

    Escreve Issacharoff: "A morte dos três constitui uma indicação de que algo quebrou, na inteligência militar, em pleno topo das brigadas".

    As consequências, num primeiro momento, serão uma intensificação dos ataques a Israel para que o público de Gaza não pense que o Hamas está desestruturado, mas, a médio e longo prazo, o grupo verá sua capacidade operacional afetada.

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