As forças do governo iraquiano e combatentes curdos peshmergas tentaram nesta sexta-feira (22) recapturar duas cidades no norte do Iraque que estão sob domínio da facção Estado Islâmico, segundo fontes de segurança.
As forças curdas, apoiadas pelos ataques aéreos dos EUA, tomaram um distrito perto da entrada oriental de Jalawla, 115 km a nordeste de Bagdá, disseram as fontes.
De acordo com Shirko Mirwai, do partido União Patriótica do Curdistão (PUK), várias mortes foram registradas dos dois lados na batalha para retomar a localidade. Os insurgentes do EI assumiram o controle de Jalawla em 11 de agosto.
As forças curdas perderam pelo menos 10 soldados quando o EI assumiu o controle da cidade estratégica.
Soldados iraquianos apoiados por aviões de combate iraquianos estavam avançando em direção à cidade vizinha de Saadiya, disseram as fontes de segurança.
Ambas as cidades ficam perto da fronteira da região autônoma curda no Iraque.
AJUDA AMERICANA
Mesmo depois que o EI executou o jornalista americano James Foley em retaliação a interferência dos Estados Unidos no Iraque, o país continuou os bombardeios contra a facção islâmica.
O EI ameaça matar outro jornalista em seu poder.
Nesta sexta, pelo menos 35 rebeldes do EI morreram em um bombardeio da aviação americana nos arredores da cidade de Mossul, no norte do Iraque, onde as forças curdas seguem avançando.
O ataque aéreo americano atingiu um comboio de sete veículos, todos carregados de armas e combatentes, informou à Agência Efe Muhialdin al Masuri, dirigente do Partido Democrático do Curdistão (KDP).
Na quinta (21), foram seis bombardeios, segundo a rede CNN.
Em junho passado, o EI declarou um califado (Estado com leis islâmicas) nas regiões que controla na Síria e o Iraque.
APEDREJAMENTO
Em outro caso, na cidade de Mossul, o EI, uma facção radical sunita, apedrejou um homem até a morte, disseram testemunhas.
O apedrejamento, que aconteceu na quinta-feira (21), foi o primeiro exemplo de punição por militantes EI no Iraque.
Apedrejamentos similares por parte do grupo sunita radical tenham sido previamente relatados na Síria.
REFUGIADOS
A ONU informou nesta sexta-feira que mais de 700.000 iraquianos deslocados buscaram refúgio na região do Curdistão, no norte do país, depois de expulsos de suas casas pelo EI.
A ACNUR prossegue com sua ampla operação humanitária, destinada a ajudar meio milhão de pessoas que fugiram dos ataques rebeldes. A operação deve durar dez dias. A ACNUR espera poder entregar 2.410 toneladas de ajuda à região.
A agência calcula que 1,2 milhão de iraquianos foram deslocados pelos combates em 2014 no Iraque.
