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    Policial que matou jovem negro em Ferguson é defendido na internet

    RAUL JUSTE LORES
    ENVIADO A FERGUSON

    24/08/2014 02h00

    Uma campanha pela internet de apoio ao policial branco Darren Wilson, 28, que matou com seis tiros o jovem negro Michael Brown, 18, já arrecadou US$ 225 mil (R$ 506 mil) em dez dias.

    A vaquinha virtual teve a participação de 4.950 pessoas e já arrecadou mais fundos do que a campanha virtual (no mesmo site) para o memorial de Brown, que obteve US$ 154 mil (R$ 346 mil).

    A arrecadação revela o apoio na internet a alguém que ainda não se manifestou, nem apareceu após o incidente. Sabe-se que ele tirou licença da polícia de Ferguson.

    Mesmo sem dar sua versão, muita gente tomou seu lado e postou comentários racistas, depois apagados pela rede social GoFundMe.

    Os criadores se mantêm no armário. A mulher que fez a vaquinha pediu "respeito à privacidade" e disse que não falaria com a imprensa.

    Na terça (19), diante da Procuradoria-Geral de St.Louis, uma mulher branca levava um cartaz a favor do policial enquanto 40 pessoas pediam para que o procurador-geral se declarasse impedido para julgar o caso.

    Na quarta à noite, a polícia foi obrigada a retirar um casal branco que foi manifestar a favor do agente da avenida West Florissant, centro dos protestos por justiça.

    A Folha tentou se comunicar com pessoas que defendem o policial na internet, dizendo que " foi legítima defesa" ou agradecendo "por eliminar um mau elemento", mas não obteve resposta.

    Além de internautas, apresentadores da emissora conservadora Fox News têm defendido o policial.

    Na quarta à noite, o apresentador Sean Hannity repetia a versão de que, antes de levar os seis tiros, o desarmado Michael Brown teria se altercado com Wilson.

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