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    Obama autoriza voos sobre a Síria para vigiar radicais do Estado Islâmico

    DA EFE

    26/08/2014 08h01

    O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou no último fim de semana o início de voos de reconhecimento sobre a Síria, o que seria o primeiro passo para futuros ataques contra os militantes do Estado Islâmico (EI) no país, segundo veículos americanos.

    Os voos começaram nesta terça-feira, segundo uma fonte confirmou à agência de notícias AP.

    A informação sobre a decisão de Obama foi passada na segunda-feira (25) ao "New York Times" e à CNN por fontes oficiais.

    Os voos de reconhecimento serão realizados com uma combinação de diferentes aeronaves, entre elas drones (aviões não tripulados) e outros aviões especiais, explicaram fontes do Departamento de Defesa.

    Os voos podem começar "a qualquer momento", segundo fontes oficiais consultadas pela CNN.

    De acordo com o jornal, estes voos de reconhecimento preparam potenciais ataques aéreos sobre posições do EI na Síria.

    Há duas semanas, os EUA fazem ataques aéreos contra o EI no norte do Iraque.

    "Os voos são uma passagem significativa rumo à ação militar direta dos Estados Unidos na Síria, uma intervenção que poderia alterar o campo de batalha na guerra civil de três anos", relataram as fontes do Pentágono.

    A Síria vive uma guerra civil desde 2011, com insurgentes tentando derrubar o regime de Bashar al Assad, o que abriu espaço para a ação de facções radicais como o EI no país.

    Segundo as mesmas fontes, o governo de Obama "não tem a intenção" de notificar Assad sobre estes voos de reconhecimento.

    Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, deixou claro que o governo de Bashar al Assad permitirá que os Estados Unidos ataquem os radicais dentro de suas fronteiras desde que haja uma coordenação prévia com suas autoridades.

    Os voos de reconhecimento não representariam a primeira entrada dos Estados Unidos no espaço aéreo sírio sem pedir permissão, já que em julho um grupo especial de forças americanas realizou uma operação de resgate frustrada para libertar reféns do EI, incluído o jornalista James Foley, cuja morte foi divulgada pelo grupo na semana passada.

    OFENSIVA

    O Pentágono explicou em entrevista coletiva, antes da divulgação dos voos de reconhecimento, que prepara possíveis ações adicionais para combater o EI tanto no Iraque como na Síria.

    O Pentágono estuda esta opção "com uma variedade de ferramentas militares que incluem os ataques aéreos", disse o coronel Ed Thomas.

    O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o general Martin Dempsey, já advertiu na semana passada que a derrota dos radicais requer uma estratégia de longo prazo.

    Dempsey considera impossível acabar com o EI sem ataques aos seus membros na Síria.

    A facção do EI controla áreas na Síria e no Iraque, ameaçando residentes e minorias étnicas e religiosas. Os radicais declararam um califado (Estado com leis islâmicas) na área que dominam.

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