O presidente eleito da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, entregou nesta quarta-feira (27) a direção do seu partido ao seu sucessor e futuro primeiro-ministro, Ahmed Davutoglu, em uma convenção de seu partido em Ancara.

"Os nomes não têm importância. Os nomes mudam hoje, mas essencialmente a missão, o espírito, os objetivos e os ideais continuam os mesmos", declarou Erdogan diante de mais de 30.000 militantes reunidos em um congresso extraordinário do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AK).

	Umit Bektas/Reuters
	Recep Tayyip Erdogan (esq.) cumprimenta o novo premiê Ahmet Davutoglu em convenção do partido AK

Davutoglu, 55, ex-conselheiro diplomático e depois ministro das Relações Exteriores, foi designado na semana passada pela direção do AK, partido islamita-conservador, para suceder Erdogan como chefe de partido e primeiro-ministro.

A nomeação de Davutoglu, único candidato, será formalmente aprovada pelos militantes do AK até o fim do dia.

Erdogan, primeiro-ministro desde 2003, foi eleito chefe de Estado no dia 10 de agosto para um mandato de cinco anos. Ele sucede no cargo seu correligionário do AK, Abdullah Gul.

Erdogan, decidido a conservar seu poder, anunciou a intenção de reforçar as atribuições do presidente –até agora muito protocolares– mediante uma reforma da Constituição.

No congresso do AK, Erdogan disse que vai pedir a Davutoglu que forme o novo governo na quinta (28) e o anuncie no dia seguinte.

Davutoglu disse que o país precisa de uma nova Constituição de caráter liberal.

Afirmou ainda que ele e Erdogan trabalharão juntos e sem discórdias.