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    Rússia adverte que um reforço da Otan em suas fronteiras será respondido

    DA EFE

    28/08/2014 05h20

    Qualquer tentativa da Otan de e reforçar sua presença militar nos países que fazem fronteira com a Rússia terá uma resposta que será contraproducente para a segurança na Europa, advertiu nesta quinta-feira o embaixador russo perante a Aliança Atlântica, Aleksandr Grushko.

    Uma demonstração de força contra a Rússia "debilitará a segurança da própria Otan e dos países que tomarem parte nessas tentativas. Os interesses da segurança comum paneuropeia sofrerão seriamente", ressaltou Grushko em entrevista concedida à agência de notícias Interfax às vésperas da cúpula da Aliança, que acontecerá no País de Gales em 4 e 5 de setembro.

    Diante da insistência de países como Polônia e as repúblicas bálticas sobre a ameaça russa para sua segurança e os reiterados pedidos para que a Otan aumente sua presença no leste da Europa, Grushko lembrou que "estas ideias, que contradizem os acordos base entre Rússia e a Aliança, não acrescentarão estabilidade às relações" entre Moscou e a organização.

    "Tenho certeza que a maioria dos países da Europa entendem que por mais que se reforce a Otan, as tentativas de criar uma estrutura de segurança sem a Rússia ou inclusive contra a Rússia estão condenados ao fracasso", apontou o diplomata russo.

    A Otan acusou a Rússia de participar diretamente do conflito armado no leste da Ucrânia com o envio de armamento aos separatistas pró-Rússia, instrução de seus milicianos e inclusive ataque a posições das forças governamentais ucranianas.

    A Aliança reforçou sua presença no leste da Europa com embarcações, aviões e tropas adicionais e levantará na cúpula a manutenção dessa presença nos próximos meses.

    O ainda secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, que deixará o cargo após a cúpula, qualificou a reunião de ponto de inflexão para a Aliança e assinalou que os planos de defesa dos aliados estão em revisão em resposta à intervenção da Rússia na Ucrânia.

    Após anos de pouco financiamento dos parceiros europeus da Otan, Rasmussen e os Estados Unidos esperam que a Europa assuma novos e ambiciosos compromissos para aumentar os investimentos em defesa.

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