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    'Crimeia não precisa de gays', diz líder da península anexada pela Rússia

    DE SÃO PAULO

    02/09/2014 18h18

    O líder da Crimeia, Sergei Aksyonov, afirmou nesta terça (2) que minorias sexuais "não terão chance" na península ucraniana anexada pela Rússia em março, afirma o jornal britânico "Guardian".

    "Nós na Crimeia não precisamos dessas pessoas", disse Aksyonov, durante um discurso no Parlamento da Crimeia.

    Segundo as agências de notícias russas Interfax e Itar-Tass, o líder da Crimeia declarou que, se a comunidade LGBT tentar manter reuniões públicas, "nossa polícia e forças de autodefesa vão reagir imediatamente e em três minutos irão explicar a esses indivíduos que tipo de orientação sexual devem seguir".

    Aksyonov acrescentou que as crianças da península devem ser criadas com uma "atitude positiva em relação a família e aos valores tradicionais".

    Em junho de 2013, o presidente russo, Vladimir Putin, aprovou uma "lei anti-propaganda gay", segundo a qual os russos são multados em caso de manifestações de "relações sexuais não tradicionais".

    A mesma lei foi adotada pela Crimeia este ano, após ter sido anexada por Moscou, em março. Um mês depois, um evento do orgulho gay que seria realizado na cidade crimeana de Sebastopol foi cancelado.

    A anexação da Crimeia intensificou a crise na Ucrânia, onde rebeldes separatistas pró-Rússia lutam no leste ucraniano contra as forças de Kiev, apoiadas pelos EUA e União Europeia.

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