O ex-presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide, 61, acusado de corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, foi colocado em prisão domiciliar, de acordo com uma decisão judicial anunciada nesta quarta-feira (10).

O juiz Lamarre Bélizaire ordenou à polícia judiciária e à administração penitenciária "proteger a residência" do ex-presidente, ao norte da capital do país, Porto Príncipe.

A justiça do Haiti havia emitido em 13 de agosto um mandado de prisão contra Aristide –que está sob investigação por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas– depois de o ex-presidente não comparecer perante o juiz.

Cerca de 30 pessoas estão sendo investigadas no caso, incluindo membros da família de Aristide e ex-funcionários de seu governo.

Aristide, o primeiro líder democraticamente eleito no Haiti, em 1990, sofreu um golpe em setembro de 1991. Após refúgio nos EUA, ele retornou em 1994 e ficou até 1996 no poder. Elegeu-se novamente em 2000 e governou o país de 2001 a 2004, quando renunciou em meio a violentos protestos no país. Após ter se exilado na África do Sul, voltou ao Haiti em 2011.

O ex-padre católico ainda é popular nas áreas mais pobres do país, por sua fama de defensor das classes mais baixas.