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    Presidente da Ucrânia propõe autonomia para regiões separatistas

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/09/2014 10h59

    O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, propôs nesta segunda-feira (15) conceder três anos de autonomia para determinadas áreas das regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk.

    O projeto de lei foi enviado ao Parlamento ucraniano.

    Mundialíssimo: O que está acontecendo na Ucrânia

    O documento inclui a anistia para os separatistas que não cometeram delitos graves e não estão envolvidos na queda do avião da Malaysia Airlines em Donetsk, em julho, com 298 pessoas a bordo, informaram os meios locais.

    Além disso, o presidente convocou eleições locais para 9 de novembro para que essas regiões escolham seus representantes. Poroshenko também se comprometeu a garantir o uso do idioma russo nas regiões, uma das principais demandas dos insurgentes.

    RÚSSIA

    Os ministros de Relações Exteriores da Rússia, França e Alemanha se reuniram em Paris nesta segunda-feira para discutir a crise na Ucrânia, segundo uma fonte diplomática

    Os ministros estavam reunidos em Paris por ocasião da conferência sobre o combate ao Estado Islâmico.

    A Rússia vai honrar todos os acordos com a União Europeia e a Ucrânia, mas tomará "medidas de proteção" se um pacto de associação entre o bloco e o país entrar em vigor, disse o premiê, Dmitri Medvedev, nesta segunda-feira (15).

    A União Europeia e a Ucrânia concordaram nesta sexta-feira (12) em adiar a implementação do seu acordo de livre comércio até o final de 2015, o que seria uma concessão à Rússia.

    A crise na Ucrânia esfriou as relações entra Moscou e os países ocidentais. Os aliados de Kiev acusam a Rússia de armar os separatistas do leste da Ucrânia, algo que Moscou nega.

    Diante disso, os EUA e a UE ampliaram as sanções ao país na semana passada que afetaram os setores de petróleo e defesa.

    "A força da Rússia está sendo testada por sanções impostas pelo Ocidente, e o país tem de reagir de uma forma equilibrada", disse Medvedev.

    "Quando uma série de nossos parceiros, se é que eles podem ser chamados assim, testa a força da Rússia por meio de sanções e todo tipo de ameaças, é importante a sucumbir à tentação das chamadas soluções fáceis e preservar e continuar o desenvolvimento do processo democrático na nossa sociedade, no nosso Estado", disse.

    MORTES

    Seis civis morreram em intensos combates nas últimas 24 horas no principal reduto separatista de Donetsk, leste da Ucrânia, anunciou a prefeitura nesta segunda-feira.

    "Seis civis morreram durante as hostilidades entre o Exército ucraniano e os insurgentes pró-Rússia", afirmou o vice-prefeito Kostiantyn Savinov.

    Cinco pessoas morreram em bombardeios na área e outra, gravemente ferida, morreu no hospital.

    Este é o maior número de civis mortos desde a entrada em vigor do cessar-fogo, em 5 de setembro, entre as tropas ucranianas e os insurgentes pró-Rússia.

    Kiev acusou no domingo os insurgentes de ameaça ao processo de paz, com o aumento dos tiros contra posições ucranianas.

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