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    Jovem iemenita é acusado de recrutar para o Estado Islâmico nos EUA

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    17/09/2014 03h49

    A Justiça dos Estados Unidos acusou nesta terça-feira (16) o jovem Mufid A. Elfgeeh, iemenita naturalizado americano, de recrutar militantes para lutar nas fileiras do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque e atentar contra muçulmanos xiitas e militares no país americano.

    Elfgeeh, de 30 anos e residente em Rochester (Nova York), foi detido no dia 31 de maio pela compra de duas pistolas com silenciador para disparar contra militares americanos que voltaram ao país após lutar nas guerras do Oriente Médio.

    O outro alvo eram os muçulmanos xiitas do noroeste do estado de Nova York, informou o Departamento de Justiça em comunicado.

    O acusado estava sendo investigado há meses por informantes encobertos do FBI e foi detido quando tentou comprar as citadas armas de um deles.

    Segundo a Justiça americana, Elfgeeh tentou convencer dois dos informantes e uma terceira pessoa no Iêmen de viajar à Síria para lutar nas fileiras do EI.

    O acusado despertou os alarmes do FBI há um ano, quando começou a publicar mensagens de apoio aos jihadistas no Twitter.

    Em uma delas escreveu que todo o mundo deveria doar um terço de seu salário ao grupo extremista.

    O Departamento de Justiça assegura que Elfgeeh nunca conseguiu avançar em seu plano e que, portanto, não representou em nenhum momento um perigo público.

    O recrutamento de cidadãos ocidentais para lutar junto ao EI é uma das maiores preocupações dos governos dos EUA e da Europa por tratar-se de indivíduos com liberdade de movimentos e que, portanto, poderiam perpetrar atentados em solo americano ou europeu.

    Nesta quarta (17), um alto funcionário da Inteligência dos EUA admitiu que Washington tem dificuldades em rastrear os cidadãos do Ocidente recrutados pelo EI a partir do momento em que eles chegam à Síria.

    Ao mesmo comitê, o secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, declarou que os EUA podem rastrear ocidentais que viajam para a Síria, bem como os que voltam, mas dentro do país, há buracos na inteligência.

    Os EUA estimam que cerca de 15 mil combatentes estrangeiros voaram para a Síria com o objetivo de se juntar às fileiras do EI.

    FRANÇA

    Recrutadores de grupos extremistas islâmicos estão mirando em mulheres e garotas na França.

    Aproximadamente 100 delas já se encontram na Síria, ou estão a caminho, e 175 estão sendo monitoradas em suas casas, segundo autoridades de segurança francesas.

    Os franceses representam cerca de 900 dos 2.000 europeus que combatem no Iraque e na Síria para grupos extremistas, como o Estado Islâmico.

    Cinco pessoas foram presas ontem (16) e hoje (17), suspeitas de pertenceram a um grupo no interior da França que, segundo o ministro do Interior Bernard Cazeneuve, seria especializado no recrutamento de francesas.

    As prisões ocorreram semanas após uma série de detenções de adolescentes francesas, incluindo uma de 16 anos detida no aeroporto de Nice, enquanto se preparava para viajar para a Turquia, e depois Síria.

    A França tem a maior população muçulmana da Europa ocidental, com cerca de 5 milhões de pessoas.

    O Parlamento francês deve votar nesta quarta (17) um projeto de lei que autorize o governo a apreender os passaportes de suspeitos de pertencerem a grupos extremistas e bloquear sites na internet com propaganda jihadista.

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