O resultado final ainda não havia sido anunciado, mas o esforço para manter sorrisos forçados diante das câmeras era maior do que eles podiam suportar.
Às 6h (2h em Brasília) veio a informação de que Alex Salmond, premiê da Escócia, chegava para se despedir e agradecer os seguidores. Os presentes caminharam em direção ao palanque de onde, eles imaginavam, um dia Salmond faria seu primeiro discurso como líder de uma Escócia independente.
Ele começou automaticamente: "Agradeço à Escócia pelo 1,6 milhão de votos (...). Aceito o veredicto neste palanque".
Qualquer demonstração de humildade, qualquer reconhecimento de que 55% do país havia discordado dele, foram abandonados. A bola agora está no campo do Parlamento britânico. Se a economia despencar, será culpa de Westminster; se crescer, terá sido por obra de Salmond.
O mesmo se aplica à ampliação dos poderes do governo da Escócia: se os escoceses ficarem insatisfeitos, problema de Londres.
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