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    Irã diz que ataques dos EUA contra facção radical na Síria são ilegais

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    23/09/2014 16h06

    O presidente do Irã, Hasan Rowhani, disse nesta terça-feira (23) que os ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico (EI) na Síria são ilegais, porque não foram aprovados ou coordenados pelo governo da Síria.

    Durante encontro com jornalistas no primeiro dia de reunião da Assembleia-Geral da ONU em Nova York, Rowhani enfatizou que o Irã condena o grupo radical Estado Islâmico e os grupos terroristas que "pisoteiam os direitos humanos e torturam e matam civis".

    O presidente disse que o Irã está pronto para ajudar a combater o terrorismo, mas ressaltou que a política norte-americana é confusa, porque, ao mesmo tempo em que combate os militantes islâmicos, tenta minar o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad.

    "Armar um grupo de rebeldes que luta contra o Estado Islâmico e, ao mesmo tempo, incentivar os mesmos rebeldes para que derrubem o governo de Assad é uma política claramente nebulosa e ambígua, na melhor das hipóteses", disse Rowhani.

    Ele sugeriu que Washington enfrente em primeiro lugar o desafio de lutar contra os terroristas e deixe para resolver suas questões com o governo sírio para depois.

    Os ataques aéreos noturnos contra os militantes do EI começaram na segunda-feira.

    Autoridades dos EUA disse que Arábia Saudita, Qatar, Bahrein, Jordânia e Emirados Árabes Unidos participaram das ações.

    O Ministério das Relações Exteriores da Síria disse que os EUA informaram o enviado da Síria à ONU sobre os ataques.

    Os EUA e o Irã não têm sido capazes de trabalhar conjuntamente para combater o Estado Islâmico, complicando os esforços contra os militantes, que Washington e Teerã veem como uma ameaça.

    O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que tem a palavra final sobre todos os assuntos do Estado, descartou uma aliança. Ele disse que o Irã havia rejeitado um convite do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para discutir a cooperação.

    Os Estados Unidos, por sua vez, temem que trazer o Irã para a luta possa reforçar a sua influência no Iraque e não querem alijar países sunitas da coalizão.

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