Militantes da facção argelina Jund al-Khilafah (Soldados do Califado) decapitaram o refém francês Hervé Gourdel e divulgaram a ação em um vídeo nesta quarta (24).
Gourdel, 55, era um guia de montanhismo da cidade de Nice e foi sequestrado na Argélia, no fim de semana. O sequestro aconteceu pouco depois de um discurso de um dos líderes da facção radical Estado Islâmico (EI), convocando seus apoiadores em todo o mundo a atacar cidadãos de países inimigos.
21.set.2014/AFP | ||
O guia Hervé Gourdel em foto de arquivo; francês foi sequestrado e morto por grupo ligado ao EI |
A intenção é retaliar americanos, europeus e aliados pela ação militar contra o EI no Iraque e na Síria.
Ainda nesta quarta, militantes ligados à Al Qaeda nas Filipinas ameaçaram matar dois reféns alemães, se a Alemanha não deixar de apoiar os EUA na operação militar. O grupo também pede resgate de US$ 5,6 milhões.
As reações demonstram a capacidade do EI de mobilizar apoio fora de sua área de ação. Grupos jihadistas em outros lugares do Norte da África, no Cáucaso e no Sudeste Asiático já juraram fidelidade à cada vez mais poderosa milícia.
FRANÇA
Em outros casos de cidadãos sequestrados, o governo francês pagou o resgate por intermediários. Mas desta vez, a decisão foi de não ceder ao ultimato dos militantes islâmicos argelinos.
O presidente francês, François Hollande, lamentou a morte de Gourdel em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ele disse que a França irá manter sua participação nos ataques às posições do EI.
"Minha determinação é total e essa agressão só a fortalece.", disse. "A França vai continuar a combater terroristas em todo lugar. As operações contra o Estado Islâmico vão continuar."
Também na quarta, a polícia francesa falhou em capturar três suspeitos de envolvimento com atividades terroristas na Síria.
Enquanto os agentes de segurança esperavam a chegada dos supostos jihadistas no aeroporto de Orly, perto de Paris, eles desembarcaram tranquilamente em Marselha.
Eles haviam sido detidos na Turquia semanas antes e foram enviados ao governo francês. Na França, se entregaram à polícia para esclarecer suas atividades na Síria.
"Nenhum policial veio nos buscar, ficamos surpresos", disse o suspeito Imad Djebali, pelo seu advogado.