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    Câncer mata, no mesmo dia, 3 bombeiros que atuaram no 11/9

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    26/09/2014 02h49

    Os ataques de 11 de Setembro mataram, em 2001, 343 bombeiros e paramédicos. Treze anos depois, este número continua em ascensão.

    Segundo o "Daily News", três bombeiros que participaram dos resgates morreram na segunda-feira (22) devido a cânceres desenvolvidos por causa do trabalho.

    Howard Bischoff, 58, Robert Leaver, 56, e Daniel Heglund, 58, morreram com poucas horas de diferença.

    "É um lembrete doloroso de que, 13 anos depois, continuamos a pagar um preço terrível pelos esforços heroicos do Departamento no 11 de Setembro", afirmou o comissário do Corpo de Bombeiros de Nova York, Daniel Nigro.

    Bischoff, que teve câncer de cólon, e Leaver, leucemia, eram amigos de infância de Park Slope, no Brooklyn.

    "Acho que pelo menos eles foram para o céu juntos", disse Rosaria, viúva de Leaver.

    Ele estava de folga no dia dos atentados, mas foi trabalhar voluntariamente.

    Heglund, bombeiro por 21 anos, morreu na véspera de seu aniversário de 59 anos, de câncer no esôfago.

    Doenças relacionadas ao trabalho de resgate, decorrentes da aspiração de fumaça e poeira tóxica, já mataram 92 bombeiros. Mas o número de pessoas afetadas é bem maior. Segundo o Hospital Mount Sinai, em Nova York, ao menos 1.646 casos de câncer atendidos no local podem estar ligados aos atentados.

    Além do câncer, há muitos relatos de sobreviventes com deficiências respiratórias e ferimentos decorrentes do 11 de Setembro –estima-se que mais de 30 mil pessoas sofram com um ou mais destes problemas nos EUA.

    Além disso, há outras milhares diagnosticadas com distúrbios psicológicos relacionados aos atentados.

    A "New York Magazine" diz que 422 mil apresentaram quadros de estresse pós-traumático desde então.

    Hoje, há dois programas para indenizar vítimas e trabalhadores dos atentados: o programa World Trade Center e o Fundo de Compensação do 11 de Setembro. Eles devem terminar em 2015 e 2016, mas legisladores querem renová-los por 25 anos.

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