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    Polícia acusa americano de decapitar ex-colega de trabalho em Oklahoma

    DA AFP

    30/09/2014 16h00

    Um trabalhador americano que decapitou uma colega depois de ser demitido de uma fábrica de Oklahoma, onde havia tentado converter outros colegas ao Islã, será acusado formalmente nesta terça (30) por assassinato, informou a polícia.

    Alton Nolen, 30, será acusado de assassinato em primeiro grau, assim como de ataque e agressão com uma arma mortal. Também pode enfrentar acusações federais, embora não por terrorismo, informaram meios de comunicação locais de Oklahoma City.

    A mãe do suspeito se pronunciou no fim de semana sobre o incidente ocorrido em 25 de setembro e pediu desculpas em um vídeo publicado na internet.

    Depois de ser demitido de seu emprego, Nolen cortou com uma faca a cabeça de uma colega de trabalho e provocou lesões no corpo de outro funcionário, antes de ser ferido por um tiro disparado por seu ex-chefe, na empresa alimentícia Vaughan Foods, com sede em Moore, um subúrbio de Oklahoma City.

    "Quero pedir desculpas às duas famílias, porque Alton não era assim", disse sua mãe, Joyce Nolen, no vídeo publicado no Facebook no sábado, no qual afirma esperar que a justiça seja feita e também o desejo de saber toda a verdade sobre o incidente.

    A tragédia aconteceu após uma série de decapitações de reféns de Estados Unidos, Reino Unido e França por combatentes jihadistas no Oriente Médio e na Argélia, mas as autoridades americanas até agora não encontraram nenhuma relação entre estas execuções e o ataque atribuído a Nolen, que havia se convertido recentemente ao Islã.

    FACEBOOK

    Em sua página no Facebook, Nolen mudou seu nome para Jah'Keem Yisrael e postou fotografias das Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova York envoltas em fumaça e cinzas durante os atentados de 11 de setembro de 2001.

    "Os que morreram em pecado permanecerão em seus túmulos e arderão no inferno", escreveu em 17 de setembro, em uma mensagem que recebeu cinco "curti".

    A Sociedade Islâmica de Oklahoma City enfatizou que "este ato injustificado não representa de modo algum o Islã", em nenhuma de suas expressões.

    "Condenamos e somos 100% contra este ato impiedoso e desnecessário cometido pelo suspeito. Esperamos que se faça justiça", assinalaram.

    O governador do Texas, Rick Perry, possível candidato republicano à presidência dos Estados Unidos em 2016, declarou que Nolan deveria responder por terrorismo.

    "Acho que o governo [de Barack Obama] tem de fazer frente a isso como muita gente acha que é: um ato de violência que se associa ao terrorismo", afirmou.

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