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    Paciente com ebola morre no Texas; EUA verificarão passageiros africanos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    08/10/2014 12h09

    Um liberiano que chegou aos EUA portando o vírus do ebola morreu nesta quarta-feira (8) em Dallas, no Texas, onde estava internado desde o último dia 28.

    "É com profunda tristeza e grande decepção que informamos sobre a morte de Thomas Eric Duncan esta manhã, às 07h51", declarou Wendell Watson, porta-voz do hospital.

    Duncan foi a primeira pessoa diagnosticada com ebola fora da África. Ele saiu da Libéria em 19 de setembro e chegou ao Texas no dia seguinte para visitar parentes e começou a passar mal quatro dias depois.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Depois do caso, as autoridades americanas discutiram medidas para prevenir a entrada do vírus no país.

    Nesta quarta, o Departamento de Segurança Interna ordenou que funcionários de aeroportos e de outros postos de entrada no país observem os passageiros em busca de sinais de contaminação por ebola.

    Segundo um funcionário ouvido pela CNN, os agentes nos aeroportos internacionais JFK (Nova York), Washington Dulles, O'Hare (Chicago), Hartsfield-Jackson (Atlanta) e de Newark (no Estado de Nova Jersey) passarão a medir a temperatura de passageiros que chegarem ao país vindos de países afetados pelo ebola.

    As medições começarão neste fim de semana ou na semana que vem.

    O secretário do órgão, Alejandro Mayorkas, disse que os agentes de fronteira também distribuirão informações aos viajantes com detalhes sobre sintomas e instruções para o caso de ficarem doentes dentro de 21 dias –tempo de incubação do vírus.

    Mayorkas não detalhou como os funcionários observariam os passageiros e também não disse quando as medidas entram em vigor.

    Autoridades da área da saúde nos Estados Unidos já haviam dito que revelariam dentro de alguns dias novos procedimentos de triagem para detectar o vírus ebola nos aeroportos do país.

    "Estamos trabalhando intensivamente no processo de triagem tanto nos lugares de origem quanto na chegada", disse o dr. Thomas Frieden, diretor do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC, na sigla em inglês), falando a repórteres na terça-feira (7).

    REFORÇO

    Os soldados americanos que foram para África Ocidental para cooperar na luta contra a epidemia de ebola podem permanecer por até um ano, dependendo da rapidez com que se conterá o vírus.

    "No momento, estou certo de que será em torno de um ano (...) mas é somente uma suposição", disse o chefe do comando militar americano para a região da África, o general David Rodriguez.

    O oficial rejeitou as críticas formuladas a Washington, que alegam que sua resposta à crise foi muito lenta e que o governo deveria ter considerado as limitações da infraestrutura da Libéria.

    Cerca de 350 soldados americanos foram para a Libéria e a Senegal para treinar profissionais de saúde no terreno, fornecer apoio logístico e instalar laboratórios móveis. A operação deve ser ampliada com 3.200 soldados.

    Para isso, o Departamento de Defesa solicitou US$ 750 milhões, com o objetivo de diagnosticar e colocar em quarentena e tratamento pelo menos 70% dos contaminados.

    O Reino Unido também enviará 750 soldados para Serra Leoa para ajudar na construção de um centro de tratamento de ebola, segundo a BBC.

    O atual surto de ebola, o mais violento conhecido até agora, já matou 3.439 pessoas e contaminou 7.492 em vários países da África Ocidental, principalmente em Guiné, Libéria e Serra Leoa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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