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    Evo Morales deve manter controle da Assembleia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    14/10/2014 00h00

    Virtualmente eleito para seu terceiro mandato consecutivo, o presidente da Bolívia, Evo Morales, pode também manter com o seu partido, o MAS (Movimento ao Socialismo), dois terços das cadeiras da Assembleia.

    O resultado lhe permitiria fazer mudanças na Constituição e governar sem precisar do apoio da oposição.

    Devido ao atraso na contagem dos votos, os resultados apresentados têm se baseado em sondagens rápidas e pesquisas de boca de urna.

    De acordo com esses números, Morales alcançou 61% dos votos. Samuel Medina, da coalizão Unidade Democrática, ficou bem atrás, com 24%.

    Editoria de arte/Folhapress

    Pela primeira vez desde a sua primeira eleição à Presidência, em 2005, Morales deve vencer também em Santa Cruz, o departamento mais próspero do país.

    Pela pesquisa de boca de urna, Morales teria obtido 50,7% em Santa Cruz.

    DOIS TERÇOS

    Na Assembleia, onde atualmente já conta com dois terços dos parlamentares (tem 88 dos 130 deputados e 26 dos 36 senadores), o MAS está perto de alcançar novamente essa vantagem.

    Segundo as sondagens, o partido teria conseguido 25 dos 36 assentos no Senado e 86 dos 130 na Câmara.

    Se isso se concretizar, o MAS vai manter os dois terços no Senado (onde precisaria de apenas 24 cadeiras), mas vai ficar uma vaga abaixo do necessário para ter os dois terços na Câmara (precisaria de 87 assentos).

    As sondagens mostram ainda que, nesta eleição, o partido governista teria perdido apenas um senador em relação ao resultado alcançado em 2009 –no departamento de Potosí.

    Em relação aos deputados, o MAS perdeu cinco assentos em La Paz (de 25 para 20) e um em Pando (de 3 para 2).

    Por outro lado, ganhou cinco em Santa Cruz, quatro em Potosí, um em Chuquisaca, um em Oruro e um em Beni. Em Cochabamba e Tarija, manteve o mesmo número de cadeiras.

    O TSE, que havia previsto que até a meia-noite de domingo ao menos 70% dos votos já estariam apurados, atribuiu o atraso no escrutínio a supostas ameaças de hackers e a problemas de logística, como superaquecimento em computadores.

    Segundo o porta-voz do tribunal, alguns membros do órgão receberam informações anônimas em seus telefones celulares relatando que o sistema de transmissão de dados estava sendo sabotado.

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