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    Agência anuncia medidas de reforço para combate ao ebola nos EUA

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    14/10/2014 18h36

    Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) anunciou reforços no combate ao ebola no país após críticas sobre como as autoridades federais e locais lidaram com o caso de infecção em Dallas, no Texas.

    Segundo o diretor do CDC, Thomas Frieden, uma equipe do centro será enviada a qualquer hospital que registrar um paciente infectado pelo vírus. "Vamos enviar rapidamente uma equipe com alguns dos maiores especialistas do mundo", afirmou, em entrevista nesta terça-feira (14).

    Frieden reconheceu que a reação do governo no caso do liberiano Thomas Duncan, diagnosticado com o ebola no dia 30 de setembro e morto no dia 8, ficou aquém do necessário.

    No domingo, foi confirmada a infecção pelo vírus de uma enfermeira que ajudou nos cuidados a Duncan. Nina Pham, 26, foi isolada e passa por tratamento no Hospital Presbiteriano de Saúde do Texas, onde trabalha.

    "Eu gostaria que tivéssemos enviado uma equipe assim quando o primeiro paciente foi diagnosticado. Isso poderia ter evitado a segunda infecção", disse o diretor do CDC. "Mas estamos preparados para fazer isso no futuro com qualquer caso nos EUA."

    Uma equipe do CDC também foi enviada ao hospital em Dallas para monitorar a aplicação das medidas de controle de infecção e evitar novos casos.

    Atualmente, 125 pessoas estão sendo monitoradas por possível contágio pelo vírus –48 que tiveram contato com o Thomas Duncan antes da internação, 76 funcionários de saúde que participaram do tratamento dele no hospital e mais uma pessoa que está sendo monitorada por contato com a enfermeira infectada.

    O presidente, Barack Obama, também se pronunciou sobre a doença nos EUA.

    "Vamos nos certificar de que todas as lições aprendidas nos casos de Dallas sejam aplicadas em hospitais e centros de saúde pelo país", disse o presidente Barack Obama.

    "Como dissemos antes, temos a infraestrutura e um sistema de saúde pública que tornam uma epidemia no país algo bastante improvável. Mas, obviamente um caso já é muito."

    O presidente afirmou que o governo tem de continuar fazendo tudo o que pode para proteger os funcionários de saúde, que estão na linha de frente na batalha contra a doença.

    TRANSFUSÃO

    Pham recebeu na noite de segunda-feira (13) uma transfusão de sangue do médico Kent Brantly, o primeiro paciente tratado no país e que foi curado.

    O sangue de um paciente que superou a infecção tem anticorpos contra o vírus que ajudam no tratamento, dizem os médicos.

    Brantly já havia doado para outras duas pessoas: o médico Rick Sacra (hoje curado) e o cinegrafista freelance Ashoka Mukpo, que ainda está em tratamento.

    Em nota divulgada pelo hospital nesta terça, Nina Pham disse que está bem e agradeceu ao apoio da família e dos amigos. Ela também defendeu o hospital. "Sou abençoada por ser tratada pela melhor equipe de médicos e enfermeiros do mundo aqui."

    FACEBOOK

    Também nesta terça, o criador do Facebook, Mark Zuckerberg anunciou a doação de US$ 25 milhões para ajudar a combater o ebola. Em declaração no Facebook, ele afirmou que a epidemia está em um "importante ponto de virada."

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