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    Corpos de fossa comum não são de jovens desaparecidos no México

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    14/10/2014 21h35

    O procurador-geral da República do México, Jesús Murillo Karam, informou nesta terça-feira (14) que 28 corpos encontrados em uma fossa comum não são dos estudantes desaparecidos na cidade de Iguala, em 26 de setembro.

    Neste dia, um grupo de 80 alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa (a 294 km da Cidade do México) foram atacados por policiais municipais ao saírem de Iguala, onde tentaram arrecadar recursos para a instituição.

    Segundo a Promotoria do Estado de Guerrero e a Polícia Federal, policiais de Iguala se associaram com traficantes do cartel Guerreros Unidos e atacaram os estudantes. Na ação, seis pessoas morreram, 25 ficaram feridas e 43 desapareceram.

    Karam afirma que nenhuma das amostras de DNA dos pais dos jovens desaparecidos corresponde ao material genético dos corpos. As autoridades ainda precisam verificara a existência de corpos em outro grupo de fossas na periferia de Iguala.

    Nesta terça, a Procuradoria-Geral da República pediu à Justiça ordem de prisão contra o prefeito da cidade, José Luis Abarca, e o secretário de Segurança Pública, Felipe Flores. Ambos estão desaparecidos desde 30 de setembro.

    Desde o início das investigações, mais de 50 policiais foram presos por associação com o crime. Desde a semana passada, a Polícia Federal e a Guarda Nacional fazem o policiamento na cidade.

    PROTESTOS

    Os demais alunos de Ayotzinapa, os parentes das vítimas e movimentos de camponeses protestaram nesta terça na cidade de Chilpancingo, capital de Guerrero, pedindo a renúncia do governador do Estado, Ángel Aguirre Rivero.

    Alguns dos manifestantes tomaram o controle de agências bancárias e rádios da cidade. Na noite de segunda (13), o grupo incendiou a sede do governo do Estado. Após dizer na semana passada que ficaria no cargo, Aguirre disse não se opor a renúncia e que o incêndio foi uma provocação.

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