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    Militante gay é criticado na Argentina por usar Aids como arma pró-governo

    DE BUENOS AIRES

    16/10/2014 11h11

    Alex Freyre, um militante gay e kirchnerista, está sendo isolado pela comunidade LGBT argentina depois de declarar, no Twitter e em uma entrevista a uma rádio, que, se a oposição ganhar as eleições presidenciais no ano que vem, cortará o tratamento aos HIV positivos.

    Para reforçar seu argumento, afirmou que o bailarino Aníbal Pachano, portador do vírus, morrerá.

    Pachano é um dançarino que é conhecido por participar de um dos programas de TV mais vistos da Argentina, o Showmatch, apresentado por Marcelo Tinelli. É uma espécie de Domingão do Faustão que também tem um segmento de dança dos famosos.

    "Todos sabemos que Pachano tem HIV e toma medicamentos. Ele disse que apoia [Sérgio] Massa [deputado e pré-candidato à Presidência]. Eu digo a ele: não faça planos para 2017, porque, se o Massa ganhar, você vai morrer", esse Freyre.

    As declarações não agradaram a federação argentina de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, que emitiu uma nota para afirmar que Freyre não faz parte da organização desde 2011 "por não compartilhar os critérios de trabalho e métodos".

    No texto, também repudiam a tentativa de espalhar o medo e fazer uso partidário de um tema sensível.

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