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    Vistoriar passageiros de países com ebola tem efeito limitado, diz OMS

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    23/10/2014 13h32

    Verificar se os passageiros apresentam sintomas de ebola em sua chegada deve ter um efeito limitado em impedir que o vírus se espalhe, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (22).

    O órgão disse que a decisão de vistoriar os passageiros é de cada país.

    "A vistoria na entrada pode ter um efeito limitado na redução da propagação internacional [do vírus] quando adicionada à triagem da saída, e suas vantagens e desvantagens devem ser cuidadosamente consideradas", disse o comitê de emergência da OMS sobre ebola em um comunicado após a sua terceira reunião.

    Os passageiros já estão sendo checados quando deixam a Libéria, Serra Leoa e Guiné, uma medida fundamental para a redução da exportação do vírus, segundo a OMS.

    A comissão de especialistas, que se reúne virtualmente para aconselhar a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que alguns países tinham adotado essa triagem na entrada de passageiros e deveriam compartilhar suas experiências e lições aprendidas.

    Os Estados Unidos, por exemplo, anunciaram que todos os passageiros vindos de países afetados serão monitorados por 21 dias (período de incubação do vírus). O país também concentrou a chegada desses passageiros em apenas cinco aeroportos.

    O comitê também disse que alguns países sem casos de ebola haviam cancelado reuniões internacionais e encontros sobre o tema, que a OMS não recomenda.

    O órgão reconheceu, porém, que tais decisões devem ser analisadas caso a acaso.

    Competidores e delegações de países com transmissão de ebola não devem ser sujeitos a uma proibição geral de participar de eventos no exterior, apesar de também ser necessário analisar caso a caso.

    Vários países –incluindo Haiti, República Dominicana, Colômbia, Jamaica e Coréia do Norte– têm restringido a entrada de pessoas vindas de países de risco, embora o comitê tenha dito que não deve haver nenhuma proibição geral de viagens ou de comércio internacional.

    "A proibição de viagens em geral pode causar dificuldades econômicas, e poderia, consequentemente, aumentar a migração descontrolada de pessoas de países afetados, aumentando o risco de propagação internacional de ebola", afirmou.

    A OMS disse estar preocupada com a situação na Libéria, Guiné e Serra Leoa.

    A organização indica que aumentou seu apoio aos três países e enfatizou que sua prioridade é deter a transmissão do vírus nestas nações.

    O surto de ebola já matou pelo menos 4.877 pessoas em 9.936 casos registrados, segundo dados da OMS divulgados na quarta (22).

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