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    Nova York anuncia medidas para conter o ebola

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    25/10/2014 08h00

    Para evitar pânico e reduzir as chances de serem surpreendidos por um novo caso de ebola, as autoridades da região de Nova York anunciaram nesta sexta-feira (24) novas medidas de prevenção.

    Depois do primeiro diagnóstico do vírus na cidade, na quinta (23) à noite, os governadores de Nova York, Andrew Cuomo, e de Nova Jérsei, Chris Christie, decidiram que todos os funcionários de saúde vindos dos países afetados na África serão imediatamente colocados em quarentena, ainda que não apresentem sintomas.

    Larry Downing /Reuters
    Presidente Barack Obama se encontra com enfermeira Nina Pham, que se curou do ebola
    Presidente Barack Obama se encontra com enfermeira Nina Pham, que se curou do ebola

    Eles ficarão isolados por 21 dias (tempo máximo de incubação do vírus) para garantir que a doença não se espalhe.

    "Uma quarentena voluntária para o ebola não é suficiente", disse Cuomo. "Essa é uma situação de saúde pública muito séria."

    De acordo com Christie, os protocolos federais –que a partir de segunda-feira obrigarão passageiros vindos de Guiné, Serra Leoa e Libéria a monitorarem a própria saúde– não são suficientes.

    Já nesta sexta, uma funcionária de saúde que desembarcou no aeroporto de Newark (NJ) vindo de Serra Leoa foi colocada em quarentena.

    A medida foi tomada depois das notícias de que Craig Spencer, o médico diagnosticado com o vírus, passeou pela cidade de Nova York nos dias antes de ser internado. Ele estava trabalhando na Guiné até o dia 12 de outubro.

    Spencer usou três linhas de metrô (1, A e L), jogou boliche com os amigos e foi a um café e um restaurante nesta semana. Com exceção dos trens do metrô, todos os outros locais foram fechados temporariamente para avaliação e limpeza.

    O médico foi criticado pelo governador de Nova York. "Ele não seguiu o protocolo, sejamos honestos", disse.

    A preocupação das autoridades para evitar o pânico na população é evidente. Menos de 24 horas após o diagnóstico, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, já havia dado três entrevistas coletivas para falar do caso.

    Ele também pegou um trem da linha A do metrô durante a tarde desta sexta (24). "Os nova-iorquinos que não foram expostos aos fluidos corporais de uma pessoa infectada não correm risco", disse De Blasio.

    "Temos o melhor sistema de saúde do mundo. Estamos totalmente preparados para lidar com o ebola". O estado de saúde do médico é estável, segundo as autoridades. A noiva dele, Morgan Dixon, também foi internada.

    VACINA

    A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou nesta sexta-feira (24) que centenas de milhares' de doses de uma vacina contra o ebola estarão disponíveis a partir de meados de 2015.

    Os primeiros testes em países da África ocidental devem ocorrer em dezembro deste ano.

    OBAMA

    A enfermeira Nina Pham, de Dallas, a primeira pessoa infectada pelo vírus nos EUA, saiu hoje do hospital. Ela não tem mais a doença.

    A funcionária se encontrou com o presidente Barack Obama, que fez questão de abraçá-la para reforçar que é seguro estar perto de alguém que teve a doença.

    "Vamos dar um abraço para as câmeras", disse.

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