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    Boca de urna aponta vitória pró-Ocidente em eleição ucraniana

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    27/10/2014 02h00

    Os partidos pró-Ocidente conquistaram a maioria dos assentos do Parlamento ucraniano nas eleições deste domingo (26), segundo pesquisas de boca de urna realizadas por três institutos diferentes.

    Nas projeções, os apoiadores do presidente Petro Poroshenko e outros quatro movimentos pró-Europa obtiveram cerca de 70% dos votos.

    Os resultados oficiais devem ser divulgados em até dez dias.

    O bloco de Poroshenko conquistou 23% dos votos nas pesquisas, seguido pelo partido do primeiro-ministro Arseni Yatseniuk (21%), seu aliado, e do movimento Samopomitch (13%), simpático ao governo.

    Os nacionalistas de Svoboda e o partido da ex-premiê Yulia Timoshenko conseguiram cada um 6% dos votos.

    O principal partido pró-Rússia, composto por ex-aliados do antigo presidente Viktor Yanukovich, que era ligado a Moscou, obteve apenas 8% nas pesquisas.

    Para Poroshenko, as eleições mostraram que a população apoia o plano de paz do governo para o leste do país.

    "A maioria apoia as forças políticas que respaldam o plano de paz presidencial e que buscam vias políticas para o conflito", disse.

    Ele e o primeiro-ministro querem um governo de coalizão que introduza reformas estruturais no país e que solicite o ingresso da Ucrânia na União Europeia em 2020.

    boicote separatista

    Em algumas regiões de Donetsk e Lugansk, principais bolsões pró-Rússia, separatistas declararam boicote à eleição, e alguns colégios eleitorais não abriram as portas por insegurança ou ausência de delegados eleitorais.

    Menos da metade dos mais de 5 milhões de eleitores chamados às urnas em Donetsk e Lugansk puderam exercer seu direito ao voto.

    "Das 21 circunscrições da região de Donetsk, em nove foi impossível garantir a votação", informou a comissão eleitoral ucraniana.

    As últimas eleições legislativas no país ocorreram em 2012, sob Yanukovich. Em fevereiro, ele foi deposto após provocar uma onda de protestos quando desistiu de um acordo de associação com a Europa em troca de uma aproximação com Moscou.

    Em março, a Rússia anexou a Crimeia ao seu território, dando início a uma insurgência separatista no leste da Ucrânia, região historicamente mais ligada à Moscou, que deixou cerca de 4.000 mortos e 800 mil refugiados.

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