• Mundo

    Monday, 29-Apr-2024 06:21:57 -03

    Partido islamita da Tunísia reconhece derrota nas eleições parlamentares

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    27/10/2014 12h19

    O principal partido islamita da Tunísia, o Nahda, aceitou nesta segunda (27) a derrota nas eleições parlamentares de domingo (26) e parabenizou o rival Nidá Tunísia por ter obtido a maioria dos assentos.

    "Aceitamos o resultado e parabenizamos o vencedor", disse Lotfi Zitoun, membro do Nahda.

    Zitoun disse que o partido reiterava o pedido pela formação de um governo de unidade que inclua o Nahda.

    Pan Chaoyue - 26.out.2014/Xinhua
    Homens contam votos após eleição parlamentar em Túnis, capital da Tunísia
    Homens contam votos após eleição parlamentar em Túnis, capital da Tunísia

    O Nidá Tunísia também planeja formar uma coligação e não descarta a participação do Nahda.

    A instância independente que organizou as eleições, o ISIE, deve anunciar resultados parciais ainda nesta segunda-feira, embora tenha até 30 de outubro para comunicar a composição definitiva do parlamento e seus 217 deputados.

    O partido laico Nidá Tunísia, que tem uma formação heterogênea com políticos da esquerda e de centro-direita, como líderes do regime do deposto presidente Ben Ali, já havia declarado a vitória.

    PRIMAVERA ÁRABE

    Em outubro de 2011, a eleição da assembleia constituinte, vencida pelos islamitas do Nahda, foi a primeira consulta livre da história do país, mas as legislativas deste domingo são fundamentais porque podem permitir a consolidação da democracia após a Primavera Árabe.

    Mas o Nahda teve de deixar o cargo no início de 2014 depois de um 2013 marcado por uma crise política e pelo assassinato de dois de seus adversários.

    Nestas eleições, a campanha foi morna, com muitos tunisianos desapontados com as batalhas políticas que atrasaram a votação, prevista originalmente para outubro de 2012.

    Os partidos se concentraram em dois grandes tema: a segurança, num momento em que a Tunísia tem testemunhado o surgimento de grupos jihadistas responsáveis por ataques que mataram dezenas de membros das forças de segurança, e a economia, que permanece anêmica e ferida pelo desemprego e a miséria.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024