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    Polícia de Israel mata suspeito de atirar em israelense em Jerusalém

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    30/10/2014 09h50

    Um palestino suspeito de ter atirado e ferido na quarta-feira (29) um ativista da direita israelense em Jerusalém morreu em ação policial nesta quinta-feira (30), anunciou a polícia.

    "Unidades da polícia antiterrorista cercaram uma casa no bairro de Abu Tor e prenderam um suspeito da tentativa de homicídio de Yehuda Glick. Elas foram alvos de tiros imediatamente ao chegarem, responderam aos disparos e mataram o suspeito", disse o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld.

    Um site oficial do Hamas identificou o homem como Moataz Hejazi, 32, que passou 11 anos em uma prisão israelense e foi solto em 2012.

    Glick, que é americano, ficou gravemente ferido devido aos tiros. Ele foi alvejado em Jerusalém, na quarta-feira (29), enquanto deixava uma conferência para promover a campanha judaica para permitir orações em um local da Cidade Velha que é considerado sagrado por judeus e muçulmanos.

    Emil Salman/AFP
    Yehuda Glick, ativista judeu, em conferência pouco antes de ser baleado
    Yehuda Glick, ativista judeu, em conferência pouco antes de ser baleado

    O estatuto da Esplanada das Mesquitas é motivo de tensão permanente. Os muçulmanos temem que o governo israelense autorize os judeus a rezar no local, o que não podem fazer até o momento. Eles suspeitam que tal permissão seria o primeiro passo para destruir as mesquitas, com o objetivo de construir o terceiro templo judaico.

    Nesta quinta, Israel fechou o acesso ao local, gerando indignação do líder palestino Mahmud Abbas.

    O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, voltou a negar na segunda-feira (27) o desejo de mudar o estatuto do local sagrado.

    O premiê ordenou o envio de reforços policiais significativos a Jerusalém depois da tentativa de assassinato de Glick

    Helicópteros da polícia israelense sobrevoaram Jerusalém Oriental desde as primeiras horas desta quinta durante a busca pelo suspeito.

    Abu Tor e o bairro vizinho de Silwan foram palco de confrontos noturnos entre palestinos e forças israelenses nos últimos meses, com as tensões mais elevadas devido à guerra de Gaza e a questão da Esplanada das Mesquitas.

    Ammar Awad/Reuters
    Mãe do palestino Moataz Hejazi mostra foto do filho em Abu Tor, em Jerusalém
    Mãe do palestino Moataz Hejazi mostra foto do filho em Abu Tor, em Jerusalém

    UE

    A União Europeia (UE) se declarou muito preocupada com a situação em Jerusalém e pediu nesta quinta-feira a israelenses e palestinos que diminuam o clima de tensão.

    "A UE está muito preocupada com a situação no terreno. Condenamos todos os atos de violência e continuamos incentivando todas as partes a fazer tudo que for necessário para atenuar as tensões", indicou Maja Kocijancic, porta-voz do serviço diplomático comunitário.

    Kocijancic acrescentou que é preciso diminuir as tensões para retomar uma negociação, a única forma, segundo a UE, capaz de alcançar uma solução com dois Estados independentes.

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