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    Ao menos uma pessoa morre em confronto no Burkina Fasso

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    02/11/2014 12h55

    Ao menos uma pessoa foi morta neste domingo (2) quando um tiroteio irrompeu em frente à sede da televisão estatal no Burkina Fasso, após um político da oposição tentar anunciar que estava no controle do país.

    Soldados do Exército de Burkina Fasso tomaram pela manhã o prédio em que funciona a TV nacional do país africano.

    Nas ruas da capital do país, Uagadugu, milhares de pessoas protestam contra a tomada de poder militar após a queda do ditador Blaise Compaoré, na quinta (30).

    Um grupo de protestantes clamou que a oposicionista Saran Sérémé, do Partido pela Democracia e pela Mudança, deveria presidir o país durante o período de transição.

    Sérémé foi escoltada por manifestantes até a sede da rede de TV pública, a RTB, para se declarar presidente interina em rede nacional. Mas, ao chegar ao prédio, o encontrou tomado por militares, segundo o relato de veículos burquinenses.

    Issouf Sanogo/AFP
    Jornalistas fogem da sede da televisão estatal burquinense no domingo (2)
    Jornalistas fogem da sede da televisão estatal burquinense no domingo (2)

    Os líderes da oposição se reunirão na tarde de domingo com o tenente-coronel Isaac Zida, designado no sábado como presidente pelo Exército.

    O deputado da oposição Ablassé Ouédraogo afirmou à imprensa local que a conversa será "um apelo para que as forças militares não tomem a transição de poder para si".

    Issouf Sanogo/AFP
    A líder da oposição Saran Sérémé em protesto na capital de Burkina Fasso
    A líder da oposição Saran Sérémé em protesto na capital de Burkina Faso

    A missão da ONU em Burkina Fasso, a União Africana e a comissão da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental exigiram no domingo uma transição de poder.

    Em comunicado emitido pelo Ministério dos Assuntos Exteriores, o governo alemão pediu "responsabilidade política". O Exército de Burkina Fasso designou ontem o tenente-coronel Yacouba Isaac Zida como presidente.

    Fontes oficiais reportam três mortes durante os protestos. A imprensa local fala em 30. O país reabriu no domingo suas fronteiras aéreas e as escolas devem voltar a funcionar na segunda.

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